- Por Tatiane Vidal e Levi Nathan/ Redação da Central do Timão
Ao término do duelo entre Corinthians e São Paulo pela semifinal do Campeonato Paulista, no Morumbi, neste domingo (27), Vítor Pereira concedeu entrevista coletiva. O treinador do Timão falou sobre a lesão de Fagner e explicou o motivo de ter optado por improvisar João Victor na lateral-direita.
Vale lembrar que além de ter João Pedro, reserva imediato de Fagner, no banco de reservas, o comandante alvinegro ainda contava com o lateral-direito Léo Maná, da equipe Sub-20, que foi relacionado pela primeira vez na equipe principal. Para Vítor, no entanto, o aspecto decisivo foi a experiência do zagueiro para fechar espaços e poupar Willian de voltar para marcar.
“É uma questão que é pertinente. Se não é uma semifinal de uma competição, provavelmente minha primeira opção seria por João (Pedro), pois está mais a vontade na posição. Agora, como estávamos a jogar em uma semifinal num estádio cheio de torcedores contra nós, que é necessário uma certa experiência para jogar este tipo de jogo, optamos por João (Victor), porque estávamos com dificuldade de fechar aquele corredor, Willian também estava com algumas dificuldades e foi neste sentido de não obrigar o Willian a tanto compromisso em termos defensivos, porque o João não se projetar tanto permitiria que Willian ficasse livre das funções defensivas. Mas era uma opção, não tenho problema nenhum.”
Apesar das projeções do treinador, o resultado não foi como esperado. A equipe teve dificuldade de colocar em prática o que foi apresentado e com isso a bola chegou pouco ao ataque e o time não conseguiu evitar a derrota por 2×1, que culminou em eliminação do torneio.
“O futebol é muitas vezes engraçado, imaginemos que eu tivesse colocado o João (Pedro) e as coisas não tivessem ocorrido bem, estariam aqui a perguntar por que não é que eu tinha pensado na outra solução. Portanto aquela foi a solução do momento e a razão foi esta, libertar um pouco o Willian para ter mais liberdade em termos ofensivos. Mas o que é certo é que só na segunda parte que este feito deu frutos. A primeira parte, por esta informação não chegar, tentei passar de forma clara, mas o que é certo é que não foi bem entendida e tivemos uma dificuldade. Dificuldade também com Renato, opção ao forçar um pouco mais no meio para termos mais a bola com os jogadores, para não termos um jogo de acelerações constantes, porque no ponto de vista físico estamos mais castigados do que eles, então entendemos para colocar mais um jogador de toque e passe para marcar o ritmo do jogo. Mas o que é certo é que a bola chegou pouco, não conseguimos encontrar”, disse o comandante do Timão.
“O primeiro tempo foi de desafios táticos, que tentamos corrigir, levamos o gol ao acabar na primeira parte. Corrigimos e explicamos as coisas no intervalo e na segunda parte, eu sou da opinião que circulamos melhor a bola, tivemos melhores oportunidades de gol, poderíamos ter empatado o jogo e levamos o gol numa transição, depois ainda tivemos a oportunidade do Giuliano, mas lutamos e acreditamos até o fim. Cansados, muito cansados em desigualdade e circunstâncias“, concluiu.
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