Entenda o motivo do Corinthians Feminino não atuar com frequência na Neo Química Arena

• Por Tatiana Carvalho / Redação da Central do Timão

Um pedido recorrente da torcida corinthiana é para que a equipe de futebol feminino jogue mais vezes na Neo Química Arena, algo que acontece apenas em partidas eliminatórias e decisões de campeonato.

O motivo disso é o alto custo de abertura do estádio, que ainda não consegue ser provido pela bilheteria dos jogos femininos. Apesar das duas partidas da Supercopa Feminina terem contado com um bom público, é necessário que o estádio tenha pelo menos mais 10 mil pessoas para compensar os gastos.

José Colagrossi, superintendente de marketing do Timão, por meio das suas redes sociais, confirmou que o principal motivo da realização de poucos jogos femininos na Neo Química Arena é a questão financeira, além do apertado calendário do futebol masculino.

“Só vale a pena nos jogos realmente importantes, o custo é muito alto. Além disso, lembro que o masculino irá disputar vários campeonatos (Brasileiro, Libertadores, Copa do Brasil) em paralelo, portanto existe o conflito de datas assim como evitar o desgaste excessivo do gramado“, escreveu o profissional alvinegro.

Por isso, o Corinthians Feminino costuma mandar seus jogos na Fazendinha, estádio integrado ao Parque São Jorge. Ter o time feminino atuando em estádios menores não é exclusividade alvinegra. O Barcelona é outro exemplo disso e sua equipe feminina, considerada a melhor do mundo, realiza as partidas no Estádio Johan Cruyff, e não no Camp Nou, local onde atua a equipe masculina.

É válido destacar que o futebol feminino foi proibido de ser praticado no Brasil por quase 40 anos, entre 1941 e 1979, o que inevitavelmente gerou um preconceito em torno da modalidade, que atrapalhou o seu crescimento e visibilidade. Devido a isso, atualmente, o Corinthians e outros clubes ainda estão em processo de crescimento visando a autossustentabilidade e a aproximação com os torcedores, algo que pode ser alcançado com a ajuda de políticas públicas, como a aprovada na Câmara na última semana, que visa a igualdade na premiação de eventos esportivos femininos e masculinos.

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