Revelado pelo Corinthians em 2015 e bicampeão brasileiro pelo clube, Guilherme Arana deixou o CT Joaquim Grava em dezembro de 2017 para atuar no Sevilla, da Espanha, após se destacar no Brasileirão de 2017. Sem tantas oportunidades na Europa, retornou ao Brasil em 2020 para defender o Atlético-MG, onde obteve sucesso e chegou a ser convocado por Tite para a Seleção Brasileira.
Em entrevista à “ESPN”, o ex-técnico do Timão, Márcio Zanardi, relembrou a época em que treinou o lateral-esquerdo na base alvinegra e revelou histórias curiosas sobre o jogador. Hoje à frente do São Bernardo, o treinador disse que Arana era “muito extrovertido, engraçado, bagunceiro e brincalhão”, mas ao mesmo tempo conseguia ser “sério e focado”.
“Trabalhei com o Arana no sub-15 e no sub-17. Era um moleque muito extrovertido, sem medo de jogar e muito bom de lidar. Era um garoto sério e focado, mas ao mesmo tempo brincalhão. Dávamos muita risada com ele, pois é um cara muito engraçado”, disse Zanardi.
“Era um rapaz muito bagunceiro, que sempre aprontava alguma boa com os companheiros de concentração. Era da ‘pá virada’, complicado de aguentar (risos). Mas era um cara do bem. Lembro que era também terrível para cumprir horários, mas são coisas normais da idade.”
O comandante citou o rápido desenvolvimento de Guilherme Arana na base do Corinthians, o que fez com que o lateral rapidamente chegasse à equipe profissional do clube. Apesar disto, Márcio Zanardi relembrou que o jogador nunca foi tratado como uma grande promessa nas categorias inferiores do Timão.
“Ele sempre teve a cara do Corinthians. Era um ‘jogador de vila’, fez futsal no Corinthians. Foi evoluindo e fez uma Copa São Paulo espetacular, teve um estirão no sub-17 e aí já subiu muito cedo ao profissional“, relembrou.
“O Arana sempre soube o que queria na carreira e era muito focado desde moleque. Ele não era tratado como a ‘galinha dos ovos de ouro’ no Corinthians, mas sempre foi muito trabalhador e dedicado.”
Na opinião do técnico, o ala-esquerdo sempre foi um grande jogador na parte ofensiva, mas deixava a desejar defensivamente. No entanto, a passagem do jogador pelo futebol europeu o ajudou a melhorar essa característica e se tornar um atleta muito mais completo.
“Ele sempre foi muito ofensivo dentro de campo, mas também vejo ele falando das dificuldades que tinha na parte defensiva. Na Itália e na Espanha, ele trabalhou muito isso. Sempre foi um atleta muito agudo, e que não tinha medo de encarar os marcadores. Eu sabia que, na hora que ele conseguisse corrigir a questão defensiva, teria sucesso e ia chegar aonde quisesse chegar“, encerrou.
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