Dinei, ex-atacante e ídolo do Corinthians, concedeu uma entrevista ao comentarista Alê Oliveira, no canal do YouTube do jornalista, e contou que as brigas no vestiário do Timão que conquistou o bicampeonato brasileiro em 1998 e 1999 serviam como uma espécie de combustível para o elenco. O ex-jogador disse que os próprios atletas, como Vampeta, reconheciam que o time não jogava tão bem em semanas mais tranquilas.
“O pessoal saía bastante na mão. O Rincón deu (um soco) no Mirandinha, no Marcelinho, no Edílson. Aquele Corinthians de 1998-2000 era assim. O Vampeta falava que quando a semana estava muito tranquila, o time não ganhava. Tinha que ter um ‘vuco-vuco’ para entrar ligado. Se não tivesse, não ia. Se não tivesse fumaça, o pessoal entrava na ‘inhaca'”, disse Dinei.
Dinei e o ex-meia Danilo, vale lembrar, são os únicos jogadores a conquistarem três edições do Campeonato Brasileiro pelo Timão. O paulistano disse que o futebol brasileiro está atravessando um momento ruim e, inclusive, admitiu que não consegue nem assistir aos jogos do time comandado por Sylvinho, seu ex-companheiro de equipe.
“Quando eu começo a assistir um jogo, hoje em dia, dá 20 minutos, eu durmo. Não consigo assistir. É porque o jogo é ruim mesmo. O time do Jorge Jesus do Flamengo foi o último time que eu conseguia ver os 90 minutos mesmo. Sou corinthiano, mas está difícil de assistir aos jogos do Corinthians e dos outros times brasileiros“, disse.
“Hoje, a molecada está uma ‘perna’ desgraçada. Eles veem a gente, que é ex-jogador, e nem cumprimentam. Quando eu era jogador, eu via Ataliba, Zenon, Casagrande, que já tinham parado, e chamava os caras de ídolo. Parava para cumprimentar. Cheguei no Parque São Jorge um dia, nem vieram me cumprimentar. Só o Mauro, que jogou comigo e o Carille que também jogou comigo. Comentei com eles que as coisas estão diferentes. Parece que eles querem que a gente chegue neles. Tudo pé de rato. Passei no vestiário, o Mauro disse que eu era o único tricampeão brasileiro pelo Corinthians, só acenaram. Mas nem fiz questão também. Os únicos que têm meu respeito são Fagner, Cássio, Fabio Santos, Jô e Gil. O resto, tudo pé de rato, tanto fez, tanto faz”, completou.
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