Entenda porquê o Guarani ainda não conseguiu registrar Davó, ex-Corinthians

• Por Matheus Fernandes/Redação Central do Timão

No início deste ano, Matheus Davó foi emprestado pelo Corinthians ao Guarani. No entanto, o Bugre está tendo problemas ao registar o atacante. Existem três processos envolvendo a transação e o principal deles é relacionado a empresa RDRN Participações e Empreendimentos LTDA, que tem como foco a consultoria em gestão empresarial.

Como garantia de uma dívida do Guarani de R$ 35 mil com a RDRN, os direitos econômicos de Matheus Davó foram penhorados, ainda assim, o Corinthians efetivou a contratação do atacante. Em julho de 2020, o  juiz Francisco José Blanco Magdalena, da 9ª Vara Cível de Campinas, apontou uma fraude na transferência, alegando que o Corinthians sabia da penhora.

Segundo especialistas consultados pelo GE, na época da negociação, o vínculo esportivo de Davó com o Timão não sofreria interferências e só numa eventual venda do atleta, a RDRN poderia exigir o recebimento da parte a que tem direito. Devido a isso, o atacante poderia atuar normalmente no Corinthians, mas estaria bloqueado de ser registrado em novo clube.

Os advogados do atacante entraram com ação pedindo a liberação do bloqueio, para que o atleta pudesse ser registrado. Como argumento, a defesa de Davó afirmou que a decisão rompe “a garantia da liberdade de trabalho”. O pedido foi avaliado pelo juiz Gabriel Baldi de Carvalho, da 5ª Vara Cível de Campinas, que deu cinco dias para que a empresa se manifestasse.

A contagem se inicia a partir desta quarta-feira (24), mas a RDRN já se pronunciou nesta segunda. A empresa questionou a ação de Matheus Davó, acusado de ter pago R$ 700 mil por sua liberação do Guarani. Devido a isso, foi solicitado esclarecimentos por parte do atacante, assim como o banco, que teria de apresentar os dados da pessoa que realizou o depósito.

A empresa questionou a quantia de R$ 2,4 milhões que o Corinthians pagou para ter Matheus Davó e solicitou que o clube explique a quem foi paga. Valor foi a público após documentos apresentados pelo próprio atacante. Além disso, a RDRN solicitou que o contrato de empréstimo deste ano seja apresentado.

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