A International Board, IFAB, órgão responsável pela manutenção das regras do futebol, decidiu alterar algumas orientações com o objetivo de simplificar e facilitar a interpretação dos árbitros em campo. A partir de 1º de junho, as regras da arbitragem em relação à mão na bola vão mudar e será infração toda vez que a mão ou braço expandir a área do corpo de forma não natural.
Com a nova determinação, se o toque acidental na mão de um atleta gerar uma assistência para outro atacante que venha a fazer o gol, o lance será legal.
Em entrevista ao LANCE!, o árbitro Marcelo de Lima Henrique, da categoria Master, da CBF, respondeu sobre os impactos e ganhos com as novas recomendações.
“A mudança foi muito simples. Um exemplo claro é: eu sou atacante, o goleiro vai repor uma bola, eu estou com o braço colado ao corpo… Se a bola bater no meu braço e entrar no gol, essa mão ainda continua sendo marcada. Da mesma forma que, se o goleiro chuta, a bola bate no meu braço junto ao corpo, cai no chão e eu finalizo, a falta será marcada“.
“O que não vai ser mais marcado é: no mesmo exemplo, caso a bola pegue no braço de um atacante depois do chute do goleiro, mas sobra pra outro atacante que faz o gol, essa mão não será mais marcada, logo o gol vai valer. Resumidamente, uma mão acidental poderá dar um passe para outro atleta, porém, não poderá dar um passe para o próprio jogador que a utilizou sem intenção”.
De acordo com o árbitro, com a nova regra, a tendência é de que as interpretações em campo sejam menos polêmicas. Além disso, Marcelo frisou que, embora as orientações tenham mudado nos últimos anos, a Fifa e a IFAB priorizam sempre deixar claro o que deve ser feito em cada uma das situações de mão na bola e vice-versa.
Marcelo de Lima Henrique acredita que as alterações são simples e vão facilitar o trabalho dos árbitros em campo.
“Eu acho que as medidas foram importantes, porque mão na bola e bola na mão é sempre um tema muito sensível, e a Fifa e a IFAB têm a preocupação de deixar claro esse tema para todo mundo do futebol. Obviamente, demora um pouco para que as medidas sejam facilmente entendidas, e a partir de 1 de junho elas serão validadas. Espero que, pelo menos, diminua um pouco as polêmicas sobre esse tema em todo o mundo, não somente no Brasil“, analisou.
Como a regra está prevista para iniciar em 1º de junho, é provável que ela comece a funcionar já no Campeonato Brasileiro, que está marcado para maio.
“A IFAB sempre coloca a data para 1º de junho, é uma tradição. Porém, as ligas às vezes pedem para iniciar antes. Por exemplo, nosso Campeonato Brasileiro começa em maio. Pela norma antiga, isso só poderia entrar em vigor no campeonato do ano que vem, porque não pode alterar regra em um campeonato em vigor”, concluiu.
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