O tempo pode ser relativo e o quanto ele passa sem ao menos as pessoas perceberem. Para a Fiel Torcida, por exemplo, aquela Libertadores de 2012 parece ter sido disputada ontem. Não é raro torcedores dizerem que, se fecharem os olhos, conseguem ver cada jogo, lance ou gol marcante da conquista invicta.
Um desses jogos é Corinthians x Cruz Azul, ainda pela fase do grupos, realizado no Pacaembu, em 21 de março de 2012. Assim como em todos os jogos em casa, mais de 30 mil torcedores lotaram as arquibancadas, representando mais de 30 milhões, para apoiar aqueles 11 jogadores que ficariam com os nomes marcados na história.
O adversário era líder do grupo, desembarcou em São Paulo com a nítida e única missão de se defender. Naquela altura, uma derrota para o Timão significaria, para os mexicanos, perderem a primeira colocação. Valia muito e por isso tentaram de todas as formas ‘catimbar’ a partida, inclusive antes dela se iniciar. O Cruz Azul só subiu a campo dois minutos antes do horário oficial do jogo, atrasando um pouco o primeiro pontapé.
O Corinthians marcou em cima, utilizando os meias e os atacantes para sufocar o adversário e o encurralar em seu campo de defesa. A estratégia deu certo e o Timão não foi assustado no primeiro tempo. Já o Cruz Azul era martelado e tentava se defender o quanto podia. Até que aos 34 minutos, Alex e Paulinho conseguem roubar uma bola pelo lado direito do ataque Alvinegro, o camisa 8 avança e consegue driblar o defensor adversário, que o derruba para evitar a passagem. Falta para o Corinthians.
Alex ajeitou a bola, preparou a canhota já tão conhecida pela Fiel, visto que o ano de 2011 do meia foi de muitos momentos de protagonismo. Barreira se forma, árbitro toma seu posto, demora um pouco, e autoriza. Segue aquele silêncio característico, seguido da ansiedade que uma cobrança de bola parada é capaz de causar. Aos 35, Alex cobra. A bola viaja até perto da marca da cal e encontra a cabeça de Danilo. Bola na rede, sem chances para o goleiro adversário. A frieza do meia incendiou o estádio.
O camisa 20 Alvinegro foi um dos jogadores mais importantes do Corinthians naquela conquista. A Libertadores, para ele também, foi um divisor de águas. O contestado ex-jogador de um rival se tornou um ídolo do Timão e não era para menos, mal sabia a Fiel que aquele gol seria pouco perto do que ele ainda faria no caminho até a conquista da taça.
O segundo tempo foi como o primeiro, com o Corinthians marcando em cima no início, procurando sufocar e ampliar o placar, mas nada mudou. O único susto do jogo, já no final, foi uma bola na trave e nada mais que isso. O Timão estava com um pé nas oitavas de final da Copa Libertadores, com a liderança do grupo que se tornaria liderança geral até o dia 4 de julho. Campeão invicto.
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