Jogo a jogo. Assim o torcedor vê a opinião de comentaristas esportivos sobre a ascensão do Corinthians no Campeonato Brasileiro 2020. De time fadado ao rebaixamento a candidato à vaga no G6 da competição, o certo é que o trabalho de Vagner Mancini, antes cheio de desconfianças, começa a ganhar o respeito da maioria.
A equipe de Vagner Mancini vinha de boa sequência com sete jogos de invencibilidade até ser derrotado pelo Palmeiras na última segunda-feira. Com o time voltando a vencer no Brasileirão ao derrotar o Sport na noite de ontem por 3 x 0, as opiniões também sentem o peso do trabalho do técnico que nos últimos nove jogos teve apenas uma derrota.
No programa ‘Fim de Papo’, live pós-rodada do UOL Esporte, o jornalista Renato Maurício Prado, costumaz crítico do Corinthians e do técnico Vagner Mancini, elogiou o trabalho do treinador e diz acreditar na classificação da equipe para a Libertadores. O comentarista ainda ressalta que é um trabalho ‘decente’ para o elenco atual, vendo a derrota para o Palmeiras como um choque de realidade ‘após elogios exagerados’.
“O Corinthians tem um final de campeonato muito interessante, porque está brigando na verdade por aquela vaga da pré-Libertadores. Se acabasse hoje o campeonato, e o Palmeiras e o Grêmio fossem os campeões da Libertadores e da Copa do Brasil, o Corinthians estaria classificado, é o oitavo colocado. Em compensação, se o Santos ganhar a Libertadores, aí já é G7 e o Corinthians estaria de fora, porque o Santos está atrás”, disse.
Para o jornalista, o Alvinegro tem mais força para buscar a vaga na competição continental que o Fluminense, sétimo colocado. No entanto, fez questão de ressaltar que continua achando Mancini um ‘técnico médio’.
“Eu acho que o Corinthians é um time mais confiável do que o Fluminense, acho que ele tem grandes chances de conseguir uma vaga nessa pré-Libertadores, o que é um feito do Mancini, o Mancini entrou para brigar para não cair e conseguiu fazer esse time do Corinthians brigar pela vaga na pré-Libertadores e, muito provavelmente, acho eu, vai conseguir”, completa.
“O Corinthians está jogando bem, está muito bem armado pelo Mancini, o trabalho do Mancini para mim é surpreendente, eu não achava que ele seria capaz de fazer o bom trabalho que está fazendo. Eu continuo achando o Mancini um técnico médio, mas ele no Corinthians está se mostrando ótimo técnico, está fazendo realmente um belo trabalho com o material que ele tem na mão”, afirmou, para, ao concluir, minimizar a capacidade da equipe de Vagner Mancini de chegar ao G6 do Brasileirão.
“O Corinthians está fazendo um campeonato muito decente pelo elenco que ele tem. Ele vai brigar por uma ‘vaguinha’ na pré-Libertadores, acho que vai conseguir, porque acho que está mais bem armado que o Fluminense, acho que ele está jogando mais bola que o Fluminense e ele vai ficar ali em sétimo, de repente, até um sexto, é o que ele pode conseguir fazer”, concluiu.
Já sua companheira de bancada, Débora Miranda, afirmou que Mancini tem como grande mérito a paciência para buscar primeiro um time, para só depois ir ajustando as peças conforme a necessidade, sem tantas mudanças como as promovidas pelos antecessores Tiago Nunes e Dyego Coelho que a cada jogo tentavam novos jogadores.
“Eu acho que o que o Mancini teve foi a tranquilidade de pensar um time, porque os outros técnicos antes dele foram tentando muito acerto e erro, eu não acredito nisso no futebol, de você mudar o time o tempo todo, eu acho que isso você não consegue, é um jogo coletivo, se você muda todas as peças em todas as partidas, é impossível de conseguir ter êxito, de conseguir construir uma equipe que tenha entrosamento, que tenha uma metodologia, que pense o futebol coletivamente, como ele precisa ser pensado”, afirma Débora.
“Ele teve tranquilidade de pensar um time e aí, depois da coluna dorsal do time estruturada, ele foi testando algumas peças, mas sem mudar o time todo de uma vez, eu acho que esse foi o grande mérito dele, ele conseguiu algumas peças que foram essenciais para isso, começou pela defesa até chegar no ataque, a chegada do Fábio Santos foi, para mim, uma coisa importantíssima, porque aí ele fechou com o Fagner as duas laterais, são dois jogadores que já se conhecem, que já são muito experientes e que são referências no time junto com o Gil na defesa, o Jemerson chegou muito bem e fechou ali, e aí ele foi indo”, completou Débora.
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