Ainda da fase do amadorismo do futebol brasileiro, Tuffy Neugen, que nasceu em Santos em 17 de outubro de 1898, muito contribuiu para o Corinthians tornar-se o gigante que é
Muito antes de todos os goleiros do Corinthians do passado recente e do presente pensarem em se consagrar, um grande arqueiro de nome e personalidade forte, caráter irrepreensível e de uma segurança invejável sob as traves, já era idolatrado pela fiel. Tuffy. Grande defensor de pênaltis, marcou época com a camisa do Corinthians, com a qual conquistou o tricampeonato Paulista em 1928, 29 e 30.
Tuffy era parte do time composto por Grané e Del Debbio. Segundo o Almanaque do Corinthians, de Celso Unzelte, o goleiro fez 71 jogos pelo clube com 48 vitórias, 11 empates e apenas 12 derrotas.
Era chamado pela imprensa e pelos adversários de “Satanás”, pelo seu uniforme negro, suas costeletas e por estar algumas vezes com a barba para fazer. Seu grande auge, como goleiro, foi no Corinthians entre 1928 e 1931. Tuffy amava o Corinthians e há relatos que ele dizia que defendia a meta como defenderia sua própria vida.
Foi um dos primeiros goleiros a usar luvas. No auge da carreira, Tuffy, juntamente com outros grandes jogadores brasileiros daquela época, foi convidado a participar de um filme. Aí pegou amor pelo cinema e ao pendurar as luvas, no final de 1931, tornou-se proprietário de um cinema na região central da cidade de São Paulo.
Tuffy faleceu em 1935, vítima de pneumonia dupla, com apenas 37 anos. Como era seu desejo, foi enterrado com sua camisa de goleiro do Corinthians, clube onde teve seu auge e que amou até morrer. Foi enterrado no Cemitério São Paulo, no bairro de Pinheiros.
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