Capitão em todas as equipes que jogou nas categorias de base do Corinthians, Roni demonstra que sabe que está apenas começando
Roni, de 21 anos, estreou ontem pela equipe profissional do Corinthians. Relacionado entre os titulares, o filho do Terrão marcou o segundo gol da vitória do Timão sobre o Bahia por 3 x 2 no Campeonato Brasileiro.
O meio-campista concedeu entrevista nesta quinta-feira (17) ao programa Seleção SporTV. Humilde, Roni entende que está apenas começando no profissional.
“Estou realizado. Acho que tenho muita coisa pela frente. Estou engatinhando no futebol, tenho muito para crescer. Não sou ninguém ainda. Quero mais. E tenho que ‘comer muito feijão’. O que aconteceu ontem demorou 16 anos para acontecer. A minha estreia. E ainda fui coroado com um gol”, declarou.
Roni, que chegou às categorias infantis do futsal do Corinthians aos cinco anos, e após se transferir para o futebol de campo foi capitão em todas as equipes de todas as categorias em que jogou no Parque São Jorge.
“Eu fui criado no Parque São Jorge. Eu sou da Zona Sul, morava no Parque Santo Antônio. Recebia uma bolsa para jogar em um colégio particular; acordava 4h30 para chegar as 7h no colégio. As aulas terminavam 13h e eu ia para o Corinthians, ia treinar campo e depois ficava no Parque São Jorge brincando e esperava o treino do futsal à noite”, relembra o atacante.
“O treino acabava 20h30, 21h, eu ia para casa e chegava 22h; tinha uns 13 anos nessa época. Quando subi de categoria, passei a treinar de manhã, ficava dia inteiro no Parque São Jorge e ia estudar de noite. Chegava meia-noite em casa. Uma hora tive que vir para o Parque São Jorge porque o corpo não estava aguentando”, seguiu.
Agora no profissional, Roni quer aproveitar a oportunidade.
“A base da minha vontade sempre foi querer jogar, jogar no Corinthians. Essa fome foi acumulando, eu sabia que não poderia parar. Eu amo o Corinthians, sempre foi meu sonho. A gente tem que acreditar. Quando ninguém mais acredita, quem vai com você é sua família e você”, contou.
Por Nágela Gaia/Redação da Central do Timão
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