Para alguns torcedores, futebol é só entretenimento, mas para os corinthianos o significado é bem mais amplo. A pressão sempre existe no Corinthians, independente de fase boa ou ruim.
A imprensa bate em cima e a torcida é exigente, para o jogador se comprometer como o torcedor em campo. Corinthiano não gosta de ver sorrisinho em derrota, nem gracinha, muito menos jogador em farra. Tem que sofrer como sofremos, acabou o jogo não tem essa de cumprimentar técnico rival, é um joinha e segue pro vestiário. “O sentimento que você tem, eu tenho também” diria Adenor Bachi.
Até aí tudo bem, somos assim. Pegou mal o cumprimento de Tiago Nunes para Wanderley. Mas, erramos, muitas vezes erramos. Costumamos procurar culpados todo momento, às vezes encontramos o errado.
Foi assim com Malcom, mesmo na boa fase de 2015, foi assim com Maycon em 2017, e se repetiu com Carille em 2019. As expectativas que criamos em atletas e treinadores, às vezes nos fazem esperar mais, e cobramos de acordo.
Esperávamos o Guardiola brasileiro, recebemos o Tiago Nunes. O Tiago Nunes que não é mágico… e que não vai transformar Natel em Messi, Luan em Iniesta ou Ederson em Xavi. O fato é: o time é limitado, faltam peças em diversos setores e mesmo se o Guardiola original vier, nada vai acontecer de diferente.
Ahhh, mas Tiago Nunes mexia mal. Meu amigo, você já deu uma olhada para as opções no banco de reserva? Tirando os promissores garotos da base, são os mesmos atletas que você criticara, ou que outros treinadores aproveitaram pouco.
Quando Carille saiu, sabíamos que esse time não iria se transformar no Barcelona do Guardiola. Sabíamos que seria necessária uma reformulação, e também foi muito falado que levaria tempo.
O time de 2012 demorou quatro anos para chegar naquele estágio, um processo iniciado em 2008. O time de 2015 tinha uma base sólida (com atletas com muito tempo de casa), além de passar por uma grande reformulação em 2014, que foi um ano sofrível. Em 2017 é um caso a parte, Carille e Alessandro acumulavam quase uma década de clube, sabiam o que tinham em mãos para trabalhar.
Em 2020, aconteceu o que já era previsto. Sem as peças necessárias para uma transformação, o time não evoluiu como esperávamos, a paciência foi curta e a demissão chegou.
A solução neste momento não é ir para o mercado, já que as opções são escassas. Agora é dar tempo para Dyego Coelho, que conhece o clube e os atletas, colocar a casa em ordem, encaixar as peças da base que tem condições de qualificar o time, e quando aparecer (SE aparecer) uma oportunidade de um bom treinador no mercado, buscar.
Vai Corinthians!
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