Associação do Futebol Argentino planeja a volta dos treinos para o dia 10 de agosto, com o campeonato nacional começando em 27 de setembro
Ídolo e capitão do Boca Júniors, Carlitos Tévez criticou a volta do futebol na Argentina em meio à pandemia de Covid-19. O atacante acha que não é o momento.
A Associação do Futebol Argentino (AFA) prevê a volta dos treinos para o dia 10 de agosto e o início do campeonato nacional em 27 de setembro.
Em entrevista ao programa “Intratables” em TV local, Tévez colocou-se contra a volta do futebol e reiterou a opinião de que é preciso priorizar a luta contra a COVID-19.
“Tenho minha opinião, há muita pressão de todos os lados. O futebol tem muitos negócios, mas com pessoas doentes e morrendo, é difícil. É difícil voltar agora com os hospitais em colapso. Não podemos sair dessa realidade, para mim não é hora de voltar. Se não pudermos treinar daqui até 10 de agosto, a data da Libertadores será alterada”, afirmou.
A polêmica se dá porque nos últimos dias, a curva dos casos de Covid-19 estão em ascendência na Argentina. Os confirmados desde o início da pandemia passam de 173 mil e mais de três mil pessoas já foram a óbito.
“Tudo isso é muito feio. Eu tenho pessoas próximas que ficaram mal, como meu sogro e minha sogra. Eles conseguiram se recuperar, mas foram internados. Isso tocou a todos nós e, felizmente, eles foram capazes de sair. É um momento sensível, estou irritado com toda essa situação, quero que as pessoas se cuidem. Temos que cuidar de nós mesmos, fazer o que pudermos para que isso passe rapidamente“, concluiu Tévez.
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No entanto, Tévez vem sofrendo críticas também por causa de uma foto divulgada nas redes sociais, na qual, sem máscara e sem distanciamento social, estava cercado por um grupo de fãs. A foto tirada em Maipú, onde o atacante está isolado. Segundo Tévez, ele estava em sua propriedade quando um grupo de crianças pediu uma foto, e foi embora em seguida.
Recentemente, Carlitos Tévez concedeu entrevista bastante emocionado, fez fortes críticas a quem aumenta preços, lembrou a quarentena em lugares humildes e fez apelo à sociedade e ao mundo do futebol. O capitão do Boca Jrs também aproveitou a entrevista para enviar uma mensagem aos seus companheiros de futebol e disse que eles podem viver seis meses ou um ano sem receber salários.
“Qualquer jogador pode viver seis meses ou um ano sem receber ou com o salário mínimo. Não se compara às pessoas que vivem isso diariamente, que precisam sair às seis da manhã e retornar às sete da noite para ter o que comer no dia seguinte. Temos que ajudá-los.”
Por Nágela Gaia/Redação da Central do Timão
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