Vendas de jogadores impulsionou superávit; porém, dívidas de curto prazo ainda preocupam
Conforme prometido pela diretoria, o Corinthians liberou o balancete patrimonial do primeiro semestre de 2020. O anúncio foi realizado pelo próprio perfil no Twitter do presidente Andrés Sanchez. Vale ressaltar que o documento pode ser acessado por qualquer pessoa no Portal da Transparência.
Muito por conta da pandemia de coronavírus, o Corinthians apresentou queda na arrecadação do Fiel Torcedor e outras premiações, que passou de R$ 12,4 milhões em junho de 2019 para R$ 9,4 milhões no mesmo período de 2020. O clube aumentou os ganhos com direitos de transmissão, subindo de R$ 91,8 milhões em 2019 para R$ 95 milhões em 2020.
A arrecadação com patrocínios e publicidades também teve um ligeiro aumento. De janeiro a junho de 2019 foram R$ 34,1 milhões; já de janeiro a junho de 2020, o Corinthians obteve R$ 37,7 milhões.
Apesar de ter reduzido os gastos com pessoal, serviços de terceiros e administrativos, o Corinthians aumentou as despesas operacionais. O principal motivo levantado pelo balancete foi o gasto com vendas e aquisição de atletas, que saltou de R$ 3,1 milhões em 2019 para R$ 54 milhões em 2020.
Em contrapartida, o Corinthians aumentou bastante da arrecadação com vendas de jogadores, impulsionada pela negociação de Pedrinho, Pedro Henrique e Gustagol. Ao todo, foram R$ 142 milhões em 2020 contra R$ 21 milhões no mesmo período de 2019.
O clube social do Corinthians teve queda nos valores arrecadados com a contribuição de sócios, passando de R$ 8,1 milhões no primeiro semestre de 2019 para R$ 6,1 milhões em 2020. Apesar disso, as receitas totais foram mantidas na casa dos R$ 17 milhões.
O Corinthians também reduziu os custos operacionais do departamento de R$ 33,3 milhões para R$ 24,4 milhões. Apesar disso, o clube social aumentou o déficit, que foi R$ 26,5 milhões em 2019 e agora está em R$ 32,2 milhões.
Um aumento substancial se deu nos direitos de imagem a pagar, que saltaram de R$ 41,8 milhões em 30 de junho de 2019 para 116,9 milhões em 30 de junho de 2020. Paralelo a isso, o clube ainda deve dois meses de salários para o elenco.
De acordo com o balancete, os custos com fornecedores saltaram de R$ 132,5 milhões em 2019 para R$ 205,4 milhões em 2020. Apesar de tudo isso, muito impulsionado pelas vendas de jogadores, o exercício total fechou com um superávit de R$ 4,3 milhões.
Porém, as dívidas gerais continuam um problema, e saltaram de R$ 665 milhões para R$ 904 milhões, muito em função dos atrasos de direitos de imagem. Desse total, R$ 549,9 milhões devem ser pagos a curto prazo.
Vale ressaltar que o balancete não aborda a dívida da Arena, apenas a arrecadação com jogos e os repasses ao fundo de pagamento. Por conta da paralisação e da proibição de torcida, a receita caiu de R$ 30,2 milhões para R$ 7,3 milhões. Já o repasse chegou em R$ 4,5 milhões contra os R$ 20,3 milhões no mesmo período de 2019.
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Por: Gabriel Gonçalves / Redação Central do Timão
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