Advogado acredita que o processo não terá muita validade e não revelou quanto é o passivo trabalhista do clube
Na manhã desta segunda-feira, o grupo de conselheiros de oposição, “Frente Liberdade Corinthiana”, acionou a justiça comum com o intuito de tirar Andrés Sanchez do cargo de presidente do Corinthians. O pedido de impeachment se baseia em má conduta financeira da atual administração. Até este momento, a liminar solicitada ainda não foi concedida e Andrés segue normalmente como mandatário do Alvinegro.
O diretor jurídico do Corinthians, advogado Fábio Trubilhano, concedeu entrevista na noite de ontem (29), ao jornalista Alexandre Praetzel, do Yahoo Esportes. O advogado se mostrou tranquilo com a ação e afirmou que acredita que o presidente Andrés Sanchez termina seu mandato normalmente.
“Não fomos intimados ainda e ficamos sabendo pela imprensa. Não houve nenhuma ação citada para que se promova a defesa. Houve um despacho para que os autores regularizassem a questão processual, esclarecendo alguns pontos. Formalmente, não há a citação do presidente. Há um pedido de tutela de urgência que a gente vê totalmente descabido, no que me cabe analisar. Minha expectativa é de que não haverá tutela de urgência. Há uma distância imensa num processo e um risco de que haja perda para comandar o clube. Vejo mais um viés político de uma ala de um grupo que não concorda com o presidente. Acredito que, se houver algum processo, isso não vai terminar antes do fim da gestão”, afirmou.
Fábio Trubilhano esclareceu o que acontecerá, caso a liminar seja concedida pela justiça.
“Não trabalho com concessão de liminar, mas se houver por questões subjetivas e o juiz entender que sim, entraremos com recurso. Não vejo como factível Andrés deixar o cargo. Há fatos na ação, de 30 anos atrás. Me parece que não há desdobramentos que irão prejudicar o presidente. Entendemos que o Andrés irá terminar seu mandato normalmente”, ressaltou.
O diretor ainda comentou sobre as 177 ações trabalhistas que em andamento conta a instituição.
“A quantidade assusta o Corinthians e as empresas em geral. O Brasil tem uma das maiores quantidades de ações no mundo. Com a reforma trabalhista, isso tende a diminuir. Não há como impedi-las e há um histórico de vitórias, facilitando os processos. Corinthians é um clube muito grande com funcionários de diversos setores. 177 ações é bastante, gostaríamos que não houvessem, mas há muitos processos bem antigos, que vão se acumulando, e é algo proporcional ao tamanho do clube, que não é só futebol. O passivo trabalhista não é possível ser mencionado porque é muito relativo, porque as ações estão em trâmite”, concluiu.
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Por Nágela Gaia / Redação da Central do Timão
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