Técnico do sub-20 deu entrevista ao GE, falou sobre passagem como treinador e revelou a rotina nesta época de paralisação
Como lateral-direito, Dyego Coelho foi atleta do Corinthians de 2003 a 2008. Pelo clube, atuou em 112 jogos e marcou 15 gols, alguns deles de falta. Além disso, participou da conquista do Brasileirão de 2005, ao lado de Tevez, Mascherano, Nilmar e cia.
Em 2015, assumiu o cargo de auxiliar-técnico nas categorias de base do Timão, onde permaneceu até 2018, quando se transferiu para o Guarani. Em 2019, retornou ao Corinthians como técnico do sub-20. Após a demissão de Fábio Carille após o jogo contra o Flamengo, em novembro de 2019, Coelho assumiu a equipe principal até o fim do Brasileirão.
“Aquilo lá foi um furacão. Você vê que é algo muito forte. Ser técnico do Corinthians não é para qualquer um. Problemas atrás de problemas, carinho com todas as pessoas que fazem o clube. Deixei todos inseridos para fazermos o melhor ambiente possível. Tem pessoas que temos que valorizar”, disse Coelho ao GloboEsporte.com
Como técnico do profissional foram oito jogos: três vitórias, dois empates e três derrotas. Veja o retrospecto:
Corinthians 3×2 Fortaleza
Palmeiras 1×1 Corinthians
Corinthians 0x0 Internacional
Botafogo 1×0 Corinthians
Corinthians 3×0 Avaí
Atlético-MG 2×1 Corinthians
Ceará 0x1 Corinthians
Corinthians 1×2 Fluminense
O clube terminou o campeonato em oitavo lugar, com 56 pontos. Coelho contou à reportagem do GE que, durante a pandemia, tem revisto todos os jogos para aprender com a experiência.
“Revi tudo. Rapaziada vira e mexe me manda situações que vivemos, de treino. Não mudaria nada do que fiz. Tive uma aceitação grande. E certamente o momento mais marcante foi o primeiro jogo: virada, o jeito que nos armamos… Até hoje vem à cabeça do nada”, declarou Coelho.
Dyego Coelho, até mesmo perante às câmeras, apresenta um jeito mais enérgico. De acordo com o treinador, seus comandados da base o questionaram se manteve o mesmo estilo no profissional; ele garante que sim.
“Os meninos (do sub-20) perguntaram se eu era igual lá, se dei bronca. Quando contaram que eu fui igualzinho, não acreditavam. Não podia ser outra pessoa ali. Quando Andrés falou que eu tinha carta branca, o papo com o grupo foi esse: não vou colocá-los na boca do leão, mas vamos ter que resolver problemas no vestiário. Eles aceitavam, discutiam, debatiam. Foi bacana demais”, contou o treinador.
Após passar por clubes como Guarani e Vitória na função de treinador, Osmar Loss retornou ao time do Corinthians para gerir a relação entre base e profissional, como coordenador técnico. Coelho falou sobre o companheiro.
“Loss chegou e organizou muita coisa. Esse elo entre técnicos e diretoria ele faz muito bem. É um amigo, aprendi demais. Temos boa relação. Veio para organizar, vídeos e tudo mais. Unir os times, interagir. Não teve muito tempo para implementar antes da quarentena, mas chegou falando, gesticulando, porque conhece bem o clube e vai trocando ideia”, contou Coelho.
Diferentemente do profissional, o Sub-20 ainda não voltou a treinar no CT. Diego falou que está sendo difícil conviver com a ansiedade, mas aguarda as resoluções futuras para saber se entrará em campo novamente nesta temporada.
“Sem previsão. Tudo que a diretoria junto com o Loss nos passam é que, se der tudo certo no profissional, a gente tem uma chance ali. Para daí a gente começar a nos programar. Mas nada cravado. Enquanto isso, a gente vai ficando meio maluco em casa”, revelou o treinador.
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Por: Gabriel Gonçalves / Redação Central do Timão
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