O tempo de paralisação, mais de três meses sem atividades no CT, prejudicou o condicionamento físico dos atletas, em alguns casos, em até 40% da capacidade
Segundo o fisiologista do clube, Antonio Fedato Filho, as primeiras avaliações não indicaram grandes alterações físicas dos atletas que pegaram o coronavírus para os que não foram infectados.
Com o maior número de atletas infectados pela Covid-19 nos clubes da Série A, o Corinthians não encontrou diferenças importantes, em termos físicos, para os demais atletas. Em entrevista à CBN, o fisiologista do clube, Fedato Filho, disse, nesta sexta (26), que alguns jogadores que não contraíram a Covid-19, se apresentaram com nível físico inferior do que alguns que testaram positivo.
“Pelo menos na primeira impressão, nos primeiros dados coletados, a gente não viu diferença nenhuma de rendimento. Tem atletas que já tiveram, já estão imunes e estão muito bem em relação à média do grupo atualmente, e atletas que não pegaram e tiveram dificuldades por local de treinamento às vezes, e ainda estão na média, ou um pouco abaixo e ainda não conseguiram essa evolução”, explicou.
O tempo de paralisação, mais de três meses sem atividades no CT, prejudicou o condicionamento físico dos atletas. Em alguns casos, a perda foi de até 40% da capacidade fisiológica, segundo Fedato Filho.
“Tem variáveis que, dependendo do que foi feito nesses três meses, chega a perder de 30 a 40% de sua capacidade. São perdas grandes que a gente tem num tempo desses sem treinar, a gente encontrou uma equipe não tão homogênea quanto a gente está acostumado, algumas variáveis mais baixas, como capacidades aeróbias e força que a gente perde bastante, mas também foi uma surpresa boa essa primeira semana, eles já conseguiram iniciar a recuperação disso”.
Os oito jogadores que seguem afastados e não tiveram os nomes divulgados, estão realizando atividades de casa, mas o fisiologista do Corinthians admite que no caso deles, a preparação está atrasada em relação aos demais, e a comissão técnica já está preparada para recebê-los.
“A gente sabe que o espaço de um campo que o atleta tem pra treinar e o espaço que ele tem dentro de casa, ou mesmo na academia ou no condomínio, é bem mais limitado. Então é muito difícil esses atletas chegarem com a mesma carga de trabalho dos atletas que já retornaram. Já temos um programa pra esses atletas assim que eles retornarem, pra gente conseguir deixá-los no mesmo nível dos demais”
Sem encontrar um grupo homogêneo, com jogadores ainda infectados, com atletas como Jô que está sem jogar há mais de seis meses, a comissão técnica do Corinthians acredita que seriam necessárias quatro semanas para que os atletas consigam estar próximos dos 100% e aptos para voltar com menos riscos de lesões.
Como a CBF projetou a volta do Brasileirão para o dia 09 de agosto, se tiver que escolher entre diminuir a pré-temporada ou ter mais jogos seguidos lá na frente, o fisiologista do Corinthians, Fedato Filho, prefere ter agora um tempo maior de preparação.
“Eu acredito que é melhor ter um tempo agora, do que ter um tempo menor agora pra ter algum tempo a mais entre os jogos. Porque uma pré-temporada depois dessa fase que a gente teve, uma pré bem feita, construindo carga intensa, vai fazer com que a gente consiga proteger esse atleta melhor de uma lesão”, finalizou o fisiologista.
Assim como todos os times de São Paulo, o Corinthians só tem a liberação para voltar aos treinos mais pesados no dia 1º de julho. Até lá, o clube deverá fazer novos testes de Covid-19 para averiguar se os oito jogadores que ainda estão infectados poderão se juntar aos demais.
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Por Nágela Gaia / Redação da Central do Timão
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