Mirandinha e Donizete Pantera conversaram com a Central do Timão e também avaliaram a atitude de duplas atuais: “não pensam no coletivo”
Na última noite de terça-feira (23), a Mesa Corinthiana da Central do Timão, recebeu a dupla Mirandinha e Donizete ‘o Pantera’, os dois que fizeram estragos nas defesas adversárias, principalmente no Paulistão de 1997, conquistado pelo Timão. Para Donizete, o sucesso da dupla se deve muito a amizade que os dois tinham e a humildade de ambos.
“A gente conversava muito e era muito amigo. O Mirandinha é um cara muito humilde, sincero, honesto. Olhava pra ele, quando estava fazendo alguma coisa errada, me chamava a atenção e era assim. Ele também quando fazia alguma coisa errada eu falava. Pô Mirandinha, toca a bola assim, eu gosto de receber a bola mais assim. Então, a gente conversava muito. Não tinha mistério, éramos humildes. A gente reconhecia nossos erros”. enfatizou o artilheiro Donizete
Donizete também relata que o sucesso de ambos, se deve também aos meias que faziam a bola chegar com qualidade no ataque.
“Não tinha essa de querer aparecer para a Fiel, querer ser artilheiro não. Se o Mirandinha estivesse sozinho ia receber e se eu também receberia da mesma forma caso estivesse sozinho. Então essa amizade grande, acabamos fazendo a dupla Mirandinha e Donizete que até hoje muita gente fala, que era uma dupla infernal, pois era muito rápida. Sem contar com os caras que vinham de trás né, Marcelinho e Souza que eram inteligentissímos. Tinha o Neto que estava no banco e o Túlio quando entrava.” concluiu ‘o Pantera.
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Além de ressaltar a humildade da dupla, Mirandinha bateu forte em jogadores que nos tempos atuais pensam primeiro nele e depois na equipe.
“Um companheiro não escuta o outro no ataque, não se unem no treinamento, não pensam no coletivo. A gente joga pelo clube de coração. Quem fizer o gol o time vai ganhar os três pontos. Agora fica naquele ciuminho de M….que existe. Fica naquilo de não vou tocar para o fulano, não existe. Isso acontece em diversos clubes, muitos caíram para a segunda divisão e entraram em uma situação que o clube não conseguiu sair mais. Tudo por culpa desses jogadoreszinhos medíocres, que querem aparecer um mais que o outro e isso não existe”, reclamou o ex-atacante do Timão.
Mirandinha que sempre foi voluntarioso e raçudo, enfatizou que não havia vaidade dentro da equipe.
“Nunca isso passou pela minha cabeça. Donizete, Túlio, Edilson não tinha ciúmes, quem jogasse daria o coração, tocar a bola. Cansei de tocar a bola, algo que eu tinha no mano a mano, era difícil de pegar o Donizete e eu, tocava a bola pra ele fazer, na cara do gol. Faz o gol aí que nós vamos comemorar juntos e aí depois contamos quem fez mais gols e o Corinthians campeão”, concluiu Mirandinha.
A dupla fechou o ano de 1997 com 27 gols. Foram 12 marcados por Mirandinha e 15 gols de Donizete ‘o Pantera’.
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Por Wellington Santos / Redação da Central do Timão
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