Joia da base do Corinthians deu entrevista ao ‘Mesa Corinthiana’, da TV Central do Timão; confira
O jovem Fabrício Oya, de 20 anos, atua pelo Timão há quase uma década, passando pelas categorias de base do clube. Meia habilidoso e de chegada na área, o jogador, hoje no Oeste, falou com a TV Central do Timão sobre suas inspirações no mundo do futebol.
“Eu admirava muito o Pirlo, pela batida de bola, pela falta, que é uma coisa que eu gosto muito. O modo de jogar e pensar o jogo do Iniesta é maravilhoso, parece que ele não faz força para jogar. No Corinthians, quando eu subi, eu via o Jadson e Renato Augusto e pensava ‘esses caras são fora do comum'”, revelou o jogador.
De acordo com Oya, ele se define como um meia que gosta de chegar para definir ao gol. Prefere marcar do que dar o passe, atuando próximo à meia-lua do campo adversário, como diz o próprio Fabrício.
“Hoje todo mundo no jogo tem que marcar e atacar. O futebol ficou mais dinâmico. Eu prefiro sempre estar mais próximo do gol, sempre estar jogando perto da área. Eu não tinha muito o costume de fazer gol, dava o último passe. No sub-15, o Márcio (treinador) elogiava meu chute. Comecei a gostar de fazer gol, hoje eu prefiro fazer o gol”, revelou Oya.
Além disso, o jogador citou que gosta de treinar cobranças de falta. O fundamento, inclusive, é uma carência do Corinthians, que ficou cerca de dois anos sem um gol direto de bola parada, até Luan marcar na Florida Cup de 2020.
“Eu gosto muito de treinar falta, chute. Eu estou morto de cansaço, cara fala ‘vamo treinar falta ali’, eu vou e já fico novo de novo, gosto muito. Eu não vi o Marcelinho, eu vejo no YouTube. Mas o que eu acompanhei era o Pirlo, eu olhava o que ele fazia, como ele batoa. Eu tive também o Coelho, né. Eu procuro sempre ler muito, estudar, procurar casos de sucesso, não só no futebol, gosto muito do basquete, e vi muito o Michael Jordan falando ‘nada mais é o jogo do que você fez no treino’. É repetição“, citou o atleta.
Apesar de se definir como um meia, Fabrício Oya revela que pode atuar em diferentes partes do campo. O jogador já jogou na função de segundo-volante, chegando mais ao ataque. Nesse sentido, entende que é importante saber ‘se virar’ em outros locais no esquema tático.
“Pirlo e Iniesta, dois caras que dominam o meio-campo. Para você ir bem numa posição diferente, é ter entendimento do jogo, do que precisa no jogo, em cada momento. Ao jogar num posição diferente, percebe a dificuldade da posição. Quando você não estiver nela, entende pelo que está passando seu companheiro. É uma forma de se conectar com o ele. E o técnico vai preferir quem atua em várias”, citou Oya.
Ao subir para a base, o meia sentiu a intensidade do jogo. De acordo com Oya, precisava entender melhor o ritmo e a dinâmica da partida, como explica o próprio atleta.
“Eu não gostava de marcar, e foi uma das coisas que eles mais me cobravam até hoje. O Barroca pediu para melhorar minha intensidade. ‘Você com uma intensidade alta e a bola no pé, vai decidir todos os jogos para mim’, dizia ele. Daí eu acostumei a correr, para acostumar com isso. Meu GPS aé me impressionava. A gente pode sempre fazer mais um pouco do que a gente faz“, citou o jogador, que ainda revelou como trabalha para aprimorar-se a cada dia.
“Eu sou curioso, trabalho com meu corpo, quero entender meu corpo. Quero ser um cara de sucesso, quero aprender. Para visão de jogo, tem que estimular seu cérebro, trabalhar mais para ele agir mais rápido. Eu comecei a ler muto, sempre estar lendo. E outra: estudar. Eu percebi que faz uma diferença enorme. Você matem o cérebro raciocinando mais rápido. E com isso você começa a entender o que o técnico pede e enxerga as ações dentro de campo”, finalizou o jogador.
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Por: Gabriel Gonçalves / Redação Central do Timão
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