Jornalista apontou problemas que travam o retorno dos campeonatos, e a Central do Timão completa a lista; veja
Em conjunto com a Federação Paulista, os clubes arquitetam nos bastidores as estratégias para o retorno do futebol em São Paulo. Na última quarta-feira (10), o governador do estado, João Dória, deixou a decisão a cargo das Prefeituras.
Isso ocorre, principalmente, por conta do próprio plano de reabertura de Dória, em que cada cidade estaria classificada em um ‘nível’. Municípios no alerta ‘amarelo’ já poderiam retornar certos comércios, diferentemente dos locais no ‘vermelho’, que manteriam um rigor maior, por exemplo.
E essas diferenças estão coexistindo, o que dificulta o retorno em conjunto de todas as equipes integrantes da Série A1 do Paulistão. Além disso, há outros problemas que atrapalham o retorno dos treinamentos e das competições. Veja:
De acordo com o jornalista Paulo Vinícius Coelho, o PVC, da Rede Globosat, internamente, o governo de São Paulo poderia estar exercendo uma certa pressão sobre Bruno Covas, prefeito da capital. Desde o começo da pandemia, João Dória se posicionou contra o presidente Jair Messias Bolsonaro, defendendo a quarentena. Era desejo do presidente que o futebol retornasse o mais rápido possível. Assim, ao retornar o esporte, o governador poderia sair ‘enfraquecido’ da disputa.
Na última quinta-feira (11), após reunião na Prefeitura, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, deixou a decisão do retorno aos treinamentos nas mãos da vigilância sanitária. Entretanto, no sábado (13), o próprio Covas foi diagnosticado com coronavírus. Vale ressaltar que o político luta contra um câncer. De acordo com sua assessoria, até o fechamento desta matéria, ele passa bem e não apresenta sintomas graves.
Será necessário perceber os efeitos do caso de Covas nos próximos dias. Porém, é possível que o próprio diagnóstico do prefeito dificulte as conversas. Bruno também se reuniu com presidentes dos clubes e membros da Federação, que correm risco de também atestarem positivo para o vírus.
Conforme explica PVC, a cidade de Ribeirão Preto é um empecilho ao retorno do futebol. No sistema de reabertura do estado, o município voltou da faixa amarela para a vermelha. Assim, o Botafogo já sabe que não poderá retornar aos treinos pelos próximos 15 dias, a começar desta segunda-feira (15). Logo, qualquer retorno quebraria a unidade entre os clubes.
Vale lembrar que o Red Bull Bragantino já quebrou essa ‘união’ entre as equipes. O time de Bragança Paulista chegou a retomar os treinos, mas foi advertido e impedido de continuar com as atividades.
Ainda de acordo com PVC, esses problemas de cumprir acordos pode dificultar a união dos clubes. De acordo com o jornalista, há informações de que Ituano, Oeste e Ferroviária estariam treinando ‘em segredo’, mas sem conformações. Além disso, o comentarista salienta que podem haver falta de concórdia sobre mudanças no regulamento.
“Há clubes do interior questionando a isonomia e a mudança do regulamento, que terá de ser aprovada por unanimidade na reunião do conselho arbitral. Mudar o regulamento será essencial, porque os clubes precisarão usar jogadores que não estão inscritos. Há quem tema que isto possa levar a ações na Justiça pela mudanças de regras no meio da disputa”, comentou PVC no GloboEsporte.com.
Diferentemente de outros países que já retomaram o futebol, como a Espanha, o Brasil não reduziu o número de casos de coronavírus. De acordo com o boletim do último sábado (13), o estado de São Paulo registrou 10581 mortes, cerca de 25% do total nacional. Tais estatísticas também poderiam impedir a volta dos treinamentos no epicentro da doença.
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Por: Gabriel Gonçalves
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