A falta de pagamento das parcelas em débito de Bruno Méndez renderia punições ao Corinthians
O Corinthians tem até o dia 22 de junho para quitar parte da dívida com o Montevideo Wanderers relativa à compra do zagueiro Bruno Méndez. Caso contrário, o Timão poderia ser impedido pela Fifa de registrar novas contratações por até três janelas de transferências.
Em conversa com o GloboEsporte.com, o diretor jurídico do Corinthians, Fabio Trubilhano, falou sobre a decisão da Fifa e também sobre a possibilidade de recorrer ao TAS, Tribunal Arbitral do Esporte.
“Existem alguns valores em atraso perante o Montevideo Wanderers que serão pagos conforme as possibilidades orçamentárias do Corinthians. Estamos analisando a decisão da FIFA, e eventual recurso à Corte da Suíça (CAS) só será interposto se forem identificados equívocos na cobrança. Trata-se de processo de arbitragem internacional e para recorrer ao CAS seria necessário pagar altos valores de custas recursais, ainda mais com a cotação atual do franco suíço”, disse o diretor via mensagem de texto.
Bruno Méndez chegou ao Corinthians em fevereiro de 2019, pelo valor de R$ 18,5 milhões por 70% dos direitos, como consta no balanço financeiro de 2019. Ainda de acordo com o documento, o clube pagou R$ 3,2 milhões e ainda deveria R$ 15,3 milhões relativos à compra, em cotação fechada no dia 31 de dezembro de 2019.
Em maio, o presidente do clube uruguaio, Gabriel Blanco, falou sobre a dívida. Sem revelar valores, Gabriel argumentou que o Corinthians só pagou uma das parcelas combinadas, deixando em débito os pagamentos de junho e de dezembro do ano passado.
Com a punição, o Corinthians não poderia registrar, nem utilizar o jovem Léo Natel, reforço já contratado pelo clube. Outros nomes, como Jô, também estariam impedidos de legalização.
A sanção pode ser encerrada no momento do pagamento da dívida. Porém, os problemas podem ser maiores, isso porque as punições da Fifa seguem uma espécie de ‘escalada’. Nos primeiros atrasos ou problemas semelhantes, são dadas punições mais brandas. Com a recorrência, a entidade passa a utilizar de decisões mais severas, chegando à perda de pontos – como aconteceu com o Cruzeiro – ou até a rebaixamentos automáticos.
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Por: Gabriel Gonçalves / Redação Central do Timão
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