Pelas categorias de base ele jogou no campo de chão batido, hoje de grama sintética, que revelou vários ídolos do clube
Atualmente jogador da Inter de Limeira, o lateral Lucas Balardin, 25 anos, sonha em voltar ao Corinthians. Ele tinha cinco anos quando foi levado pelo avô para treinar em uma escolinha do Clube. Passou em um teste para o time de futsal. Se dividiu entre as quadras e os campos entre os nove e os 15 anos, quando se decidiu pela grama.
“Lembro do fundão (o Terrão ficava nos fundos do clube). Treinávamos às 15h, com um sol forte. Quando chovia, não tinha treino, embarreava tudo. Sinto falta da época de menino, quando não tinha coisa séria para fazer. Agora, temos de nos dedicar 100% ao trabalho; antigamente, não. Tenho saudade do Terrão, hoje em dia isso não existe mais”, disse em entrevista ao programa Globo Esporte, em 2014.
Tinha 19 anos, ia jogar a Copinha de 2015 e sonhava estar na lista dos filhos do Terrão: Paulo Sérgio, Zé Elias, Viola, Ronaldo, Edu, Gil. Era a chance de aparecer e ser aproveitado pelo professor Tite.
“Fico muito feliz com essa chance de quem sabe poder ser aproveitado no profissional, de me tornar o último filho do Terrão, e manter essa lenda que existe aqui no Corinthians, dos bons jogadores que saíram dali”, disse o defensor.
Já aos 21 anos, sem idade para jogar na base, e sem oportunidades com Tite, pediu para ser emprestado. Assim, foi para o Velo Clube e chegou à Inter de Limeira em 2017 onde atuou até a temporada de 2018. Após, defendeu as cores da Portuguesa Santista no Paulista A2, e voltou para a Inter, onde tem contrato até o final de 2020.
Nesta terça (02), o jogador concedeu entrevista ao GloboEsporte.com e revelou que sua meta é reconquistar um espaço no Timão. Veja o que disse Lucas Balardin.
“Em nenhum momento tive a possibilidade de mostrar o meu futebol entre os profissionais. Na maioria das vezes, treinava com os profissionais, mas apenas para completar treinos.”
“Não guardo mágoa nenhuma, pois aprendi e fui muito feliz dentro do Corinthians. Um clube com uma torcida apaixonante e fanática. Mas até hoje não entendi a falta de oportunidade que eu tive nesses 16 anos que vivi lá dentro. Mas o Corinthians foi muito importante na minha trajetória.”
“Aprendi muito no Corinthians, tanto no lado profissional como no lado ser humano. Um clube grande que vive a pressão da torcida, dos dirigentes e isso faz com que o jogador amadureça muito rápido.”
“Tenho sonho, sim, de voltar ao Corinthians por tudo que vivi lá dentro. Voltar é um objetivo meu na carreira.”
“Tive contato com muitos jogadores na base que hoje estão na elite do futebol. Guilherme Arana, Malcon, Marquinhos, entre outros que estão pelo Brasil afora. Treinadores tenho um em especial que é o Tite, um cara que me ajudou nos momentos que estive no profissional completando treinos e até hoje guardo com carinho um livro que ele me deu de presente do Michael Jordan. Um cara fora de série profissionalmente e pessoalmente.”
Em 2020, o camisa 13 da Inter de Limeira reencontrou o Timão, pela quinta rodada do Campeonato Paulista, na Arena Corinthians.
“Foi uma sensação inexplicável. Jogar em um palco de copa do mundo que por muito tempo foi a minha casa, foi difícil segurar a emoção.”
Por Nágela Gaia / Redação da Central do Timão
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