Ex-atacante com passagem pelo Corinthians treina equipe da elite do futebol goiano e planeja carreira no futebol
O ex-centroavante Alexandre Silveira Finazzi chegou ao Corinthians no conturbado ano de 2007. Apesar do momento difícil do clube, o atacante teve bons números em sua passagem até 2008: 16 gols em 39 jogos, sendo 12 apenas no Brasileirão daquela temporada.
Após pendurar as chuteiras, o ex-artilheiro visa a carreira de treinador de futebol. Atualmente, treina o Goiânia Esporte Clube e tem como sonho dirigir o Corinthians. Em entrevista ao canal Falando de Corinthians, Finazzi revelou suas ideias sobre futebol.
Finazzi ressalta que os anos de carreira como jogador o ajudaram a entender o futebol por vários aspectos. O ex-atacante é recordista no número de clubes jogados, o que lhe deu uma vasta experiência no meio do esporte.
“Algumas coisas eu carrego no futebol da minha passagem como jogador que eu vou usar como treinador. Eu sou recordista de clubes jogados e treinadores trabalhados. Ninguém no mundo jogou em mais time do que eu, eu joguei em 52 times, sendo 38 clubes diferentes e trabalhei com 94 treinadores. Se for contar (o estágio) com o Carille ano passado, 95”, cita Finazzi, que ainda complementa.
“Dá para você tirar um pouquinho de cada um, algo de bom e, principalmente, não repetir os erros. Em 24 anos de carreira eu vi muito treinador errar“, citou o ex-camisa 9 do Timão.
Por ter exercido a função de atacante, o jogador explica que tem conhecimento na parte ofensiva. Porém, montou uma equipe de assistentes com ex-atletas da defesa, buscando ajuda para o trabalho equilibrado da equipe.
“Eu sei como chegar ao gol. Eu sei o que deve ser feito. Quando meu time não tá criando, eu sei o que tá acontecendo. Só que às vezes, o que eu quero fazer tem que ter cuidado para não desguarnecer lá atrás. Tem que ter um equilíbrio”, explicou Finazzi.
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Para explicar o seu jeito de jogar, Finazzi prefere o ‘equilíbrio’. Segundo ele, não dá apenas para atacar indiscriminadamente. Pelo contrário, é preciso se adaptar ao jogo e às situações em campo.
“Hoje em dia estão falando que a marcação alta só que ganha jogos. Eu não vejo assim, eu vejo o Flamengo do Jorge Jesus, no início, jogar todo mundo atrás do meio-campo. Eu via Gabigol e Bruno Henrique marcando atrás do meio-campo. Depois que o time entrosou e quando vai enfrentar adversários mais fracos, eu vejo marcando lá na frente. Fora isso, todas as equipes do mundo que são vencedoras fecham a casinha e saem para o contra-ataque”, explicou Finazzi, que ainda complementa.
“Muitas vezes essa marcação lá na frente ocasiona em gol do adversário. Equipes grandes, na maioria das vezes que tomam gol, é de um erro de marcação lá na la frente. E não é sempre que você consegue fazer marcação pressão e marcar gol. E quando você rouba bola lá na frente, você tá mais próximo do gol, mas a equipe adversária está bem postada. Quando rouba na parte defensiva do campo e sai rápido, você pega o campo todo aberto e a defesa desarrumada”, concluiu o ex-atleta.
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Finazzi acredita que é fundamental selecionar jogadores com características ofensivas e ensiná-los a compor a marcação. Para ele, essa é a filosofia que deve seguir no trabalho de treinador, conforme explica:
“Pensa no Jorge Henrique, no Romero, que conseguiam marcar lá na frente e ter força para atacar. São jogadores que faziam uma marcação, mas são atacantes de origem. São acostumados a atacar. Se você colocar jogadores de característica ofensiva e ensinar a marcar, você tem grande chance de, quando roubar a bola, ele atacarem. É mais fácil isso do que condicionar um jogador de defesa a chegar lá no ataque“, declarou o ex-camisa 9 do Corinthians.
Corinthiano e de família Fiel, Finazzi dá um recado para a torcida:
“Ainda vou treinar o Corinthians”.
Veja a entrevista completa:
Por: Gabriel Gonçalves / Redação da Central do Timão
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