Em 2019 o clube realizou uma série de empréstimos junto a instituições financeiras; entenda
No primeiro conteúdo da série, a Central do Timão destrinchou as receitas e despesas apresentadas no balanço financeiro referentes ao ano de 2019 do Corinthians. Para além da relação entre gastos e arrecadação, há outros valores que entram na conta final do clube. Hoje, falaremos sobre um deles: as dívidas financeiras.
Tal qual uma empresa, um clube de futebol recorre a empréstimos bancários para ter fluidez de caixa e conseguir pagar salários, por exemplo. Em 2019, o Corinthians realizou uma série de captações financeiras com instituições, confira.
Em termos contábeis, passivo circulante é uma dívida que deve ser paga no intervalo de um ano após constar no balanço financeiro. Ou seja, refere-se a um valor a ser quitado em um período mais curto. O resultado de 2019 apontou um montante de R$ 59,7 milhões, distribuídos da seguinte maneira:
Banco Daycoval S/A – R$ 23,9 milhões – juros de 1,27% ao mês
Banco BMG S/A – R$ 19,8 milhões – juros de 1,30% ao mês
Banco Bradesco S/A – R$ 1,5 milhão – CDI + juros de 0,60% ao mês
Banco Santander S/A – R$ 43 mil – CDI + juros de 0,85% ao mês
Caixa Econômica Federal – R$ 2 mil – CDI + juros de 0,60% ao mês
No balanço do clube ainda constam três empréstimos mútuos com empresários. São eles:
Giuliano Pacheco – R$ 7,3 milhões – juros de 1,5% ao mês
Carlos Alberto C. Leite Coutinho – R$ 6,6 milhões – juros de 1,94% ao mês
Denis Maldelbaum – R$ 300 mil – sem juros
Também consta a quitação de R$ 10,4 milhões com a instituição Banco Paulista S/A.
Os passivos não circulantes se referem às dívidas executáveis a partir do 13º mês do ciclo do balanço financeiro. Ou seja, correspondem a débitos com vencimentos acima de um ano, pagos a longo prazo. No Corinthians, o montante chega a R$ 37,4 milhões, relativos aos créditos com as empresas:
Banco Deycoval S/A – R$ 22,1 milhões – juros de 0,49% ao mês
Banco BMG S/A – R$ 15,2 milhões – juros de 1,30% ao mês
Banco Bradesco S/A – R$ 13 mil – juros de 1,45% ao mês
No balanço financeiro do clube ainda consta o pagamento de R$ 9,6 milhões ao Banco Paulista S/A.
Em entrevista à BAND, ao ser questionado sobre os empréstimos obtidos pelo Flamengo, o presidente Andrés Sanchez citou que “se tivesse crédito, também pegaria”. As contas demonstram que o clube exerceu muito do seu crédito no mercado, relacionando cerca de R$ 97,1 milhões com instituições financeiras.
No próximo post da série você poderá acompanhar mais sobre as dívidas tributárias do Corinthians.
Por Gabriel Gonçalves / Redação da Central do Timão
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