Em entrevista ao jornalista Jorge Nicola, na quarta-feira (22), o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez afirmou que a pressão exercida sobre o Clube, seja pela torcida, como pela imprensa, desvaloriza e contribui para que jogadores recém saídos da base não se firmem no time profissional ou sejam vendidos por um valor abaixo do que valeriam.
“Pressão que nem no Corinthians não tem. Eu acho que é um pouco dos treinadores que chegam e querem nomes prontos. Segundo, a imprensa e a torcida não dão tempo. O Éverton Ribeiro foi estourar com 24 anos, no Corinthians queriam matá-lo… Danilo Fernandes queriam bater nele e Weverton não podiam nem vê-lo no CT que a torcida e a imprensa já reclamavam. Por isso foi montado o Sub-23, para pegar jogadores que estouram a idade da base para terem um tempo de maturação maior no Sub-23”, explicou o mandatário.
Questionado se os técnicos tem culpa, Andrés exemplificou citando Marquinhos, formado na base do Corinthians e hoje zagueiro mundialmente respeitado do PSG da França e da Seleção Brasileira.
“O que tem que fazer é parar de contratar, aí sobe os garotos. Aí o garoto faz umas duas ou três partidas mal e todo mundo quer matar o jogador e a diretoria. A torcida tem que ter um pouco mais de paciência. Você pega o último jogo do Marquinhos, que hoje é titular da Seleção Brasileira, e vê os comentários na internet e nos jornais, você pensa que não é o mesmo jogador. Ele tinha cinco a seis jogos no profissional. Todo mundo que reclama que ele foi vendido, na época queria matar todo mundo porque ele estava jogando.”
Sobre a venda de Marquinhos, o presidente corinthiano acha que faltou dar tempo ao atleta.
“Tinha certeza que ele iria virar, mas o Tite liberou para o Gobbi vender, porque achava que ele (Marquinhos) não jogaria como zagueiro no Corinthians”, completou.
Por Redação da Central do Timão
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