De enorme identificação com os corinthianos, Noriharu Honda ganha mais um tributo póstumo
Se em 1976 e 2000, a Fiel invadiu um dos estádios mais icônicos do planeta, o Maracanã, em 2012, foi a vez do Japão. Naquele ano, a equipe comandada por Tite, após vencer a Libertadores, se qualificou para jogar o Mundial. Nunca havia acontecido, na história, tantos torcedores de um mesmo clube se deslocarem de um continente ao outro para ver o seu time de coração jogar.
Além dos jogadores, outros personagens ganharam voz e força naquele momento da torcida corinthiana. Noriharu Honda, uma das figuras mais importantes da invasão de 2012, sofreu infarto no início de abril e veio a falecer. A partir disso vem ganhando cada vez mais homenagens. Desta vez, o tatuador e grafiteiro Marcos Vinícius Gonçalves, o Markone, projetou uma bandeira com o rosto do “Seu Honda” e com a escrita “Eternamente”.
Noriharu é altamente adorado por auxílio que prestou a alguns torcedores que atravessaram o mundo para ver o Coringão jogar. Ele era morador do Japão e, ao lado do filho e de outros amigos corinthianos, prestou ajuda aos fanáticos.
“Qualquer coisa que você pedia, ele ajudava na hora. Lembro na época do mundial que ligavam para a sub-sede para informar que tinha torcedor do Corinthians dormindo na estação. O Seu Honda e o pessoal saíam de madrugada para buscar essas pessoas e arrumavam local para eles comerem e dormirem. Ele também levou muito torcedor para conhecer a neve e pontos turísticos”, disse Ricardo Tomita, um dos que conviveram com Honda no Japão, em entrevista ao IG Esportes.
“Ficamos um mês sem trabalhar só para ajudar os torcedores que foram ao Japão. É por essa dedicação que o Seu Honda foi abraçado por toda torcida”, completou.
Após momentos vividos com a Fiel Torcida, Noriharu decidiu voltar a morar no Brasil, no ano de 2013. A partir daí, passou a se envolver mais ainda com a Gaviões e com o Carnaval. Seu filho, Leonardo, o acompanhou nesta saga. O mesmo, conta o apoio que recebeu após a morte de seu pai, e relata que ficou impressionado.
“Minha família sempre soube que meu pai ia para lá e para cá acompanhando o Corinthians, mas, nunca imaginou o tanto de carinho que as pessoas tinham por ele. A gente se surpreendeu bastante, foi muito bonito, todo mundo se emocionou. O sentimento em relação as homenagens foi o melhor possível, reconfortante. Todo esse carinho tirou muito a tristeza da perda e acabou facilitando para passar por esse momento.”, disse.
Por Matheus Fernandes / Redação da Central do Timão
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