Nesta sexta, 10 de abril, faz 34 anos que o corinthiano se despediu de Servílio de Jesus. Um dos maiores artilheiros da história do Corinthians, o meio-campista tinha um futebol clássico e refinado
Nascido em 15 de dezembro de 1915, Servílio de Jesus foi descoberto pelo Corinthians em uma excursão à Bahia no começo de 1938. Seu futebol elegante e refinado, despertou o interesse do Timão e logo Servílio foi parar no Parque São Jorge. Se adaptou rapidamente e passou a fazer dupla com Teleco, que era a grande estrela da equipe.
Pelo Corinthians, Servílio foi tricampeão Paulista – 1938, 1939 e 1941. A classe e a beleza de seu futebol fizeram com que a torcida e a crônica esportiva o chamassem de “O Bailarino da Fazendinha”.
Após a saída de Teleco, passou a jogar como centroavante e se tornou artilheiro estadual por três anos seguidos (1945/46/47), sendo um dos primeiros jogadores do Timão a atingir a marca de 200 gols e permanece até hoje como o sexto maior artilheiro que já passou pelo clube.
Foram várias as convocações de Servílio para as seleções Brasileira e Paulista. Também escreveu história quando vestiu a primeira “camisa 9” do Corinthians, em 22 de dezembro de 1946, em um amistoso contra o River Plate da Argentina, no Estádio do Pacaembu. Até aquela data as camisas dos jogadores não eram numeradas, o que passou a ser obrigatório a partir de 1948.
Servílio atuou por 11 temporadas no Timão, entre 1938 e 1949, fez 364 partidas e anotou a expressiva marca de 201 gols. Foi o artilheiro do Paulistão por três vezes seguidas: 1945 (17 gols) 1946 (9 gols) e 1947 (20 gols) e conquistou três títulos do Campeonato Paulista – 1938/39/41.
O “Bailarino da Fazendinha” faleceu em 10 de abril de 1984, com apenas 68 anos, em São Paulo, capital. Seu filho, Servílio Filho, é ídolo no rival Palmeiras.
Por Nágela Gaia / Redação da Central do Timão
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