O coronavírus deixará marcas em todo o mundo; e no futebol não será diferente
30 de março de 2020, o mundo vive uma seca de futebol; e não só disso. A pandemia de coronavírus colocou bilhões de pessoas em casa, em quarentena, longe dos estádios de futebol. Esses, por sua vez, estão vazios, até virando hospitais ou pontos de doação de sangue. Boas iniciativas, por sinal.
Sem dúvidas, a prioridade agora é salvar vidas. Seja quantas forem. A saúde vem em primeiro lugar, é claro.
Porém, além das marcas em milhões de famílias por todo o mundo, o COVID-19 deixará um rastro de crise e prejuízo. E todo esse cenário, infelizmente, ainda está apenas no começo e não tem nem horizontes para findar.
O futebol não foge de tanta especulação negativa. Logo, fica a dúvida em nossas mentes: o que será do esporte? E o Corinthians? Já dá para arriscar alguns cenários.
O Campeonato Paulista foi paralisado na décima rodada, logo após o jogo entre Guarani e Ponte Preta. No cenário atual, a Macaca seria rebaixada, o Santo André primeiro colocado e o Corinthians fora da zona de classificação para o mata-mata. A expectativa era que tudo acabasse em 22 de abril. Entretanto, com duas semanas de paralisação, esse não parece ser o caminho.
Ainda não se tem a mínima expectativa para uma volta. Pelo contrário, segundo as autoridades de saúde, o Brasil ainda nem atingiu o ápice de casos. A tendência é que, no mês de abril, os cuidados sejam multiplicados, já que é uma fase-chave para a doença. Logo, dificilmente os campeonatos serão restabelecidos antes desta data.
Assim sendo, uma possibilidade é dar o campeonato como encerrado. Ninguém é campeão, ninguém cai. Pelo menos é nisso que acredita do presidente corinthiano, Andrés Sanchez.
A Arena Corinthians fechada trás muito, mas muito prejuízo para o clube. Primeiro que as contas não param; luz, energia, manutenção, tudo funciona mesmo sem jogos. Além, claro, da dívida da própria construção do estádio, aquele valor que nem sabemos direito quanto é.
A TV também não tem o que transmitir. Assim, já saíram notícias de que a Globo pode não acertar o terço restante das cotas para o Paulistão 2020. A federação também não tem o que premiar. Assim, muito menos dinheiro tende a entrar nos cofres do Timão. Para um clube já sem grana, é um terror.
Atenção, Fiel – Campanha Sangue Corinthiano de emergência na Arena
A crise do coronavírus vai atingir todo mundo, literalmente. Uma série de empresas já anunciaram cortes aqui e ali. Pessoas foram demitidas e negócios locais faliram. A tendência é piorar. A paralisação e a quarentena abaixaram as portas e colocaram os donos no zero. Quanto tempo isso irá durar?
Com tal cenário, a tendência é que as grandes marcas invistam menos em futebol. Afinal, elas terão muitas outras contas para pagar, não é mesmo? Inclusive, já tem gente querendo quebrar o contrato de patrocínio com o Corinthians. E olha que a crise mesmo nem começou direito ainda.
Cem reais em um ingresso; cem mil por mês para um nome da base; 50 milhões por ano de patrocínio. Será muito difícil manter cifras tão altas em um mundo tomado pela crise. Logo, o futebol, mais uma vez, vai precisar se adaptar. Não voltaremos, tão cedo, às ‘vacas gordas’ que pagaram 222 milhões de euros para Neymar. Parece uma realidade tão distante, mas não é.
É estranho falar sobre o assunto e todas as análises parecem muito pessimistas. Porém, não tem jeito, está escancarado. Quando tudo acabar, o mundo será diferente. O futebol não será igual. Tomara.
Veja mais sobre o assunto no Diário de Quarentena – Episódio 1
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