Setor de Marketing do futebol carioca já começa a sentir os efeitos da pandemia do Coronavírus
Após a paralisação das competições e, consequentemente, as atividades dos clubes, uma outra questão delicada preocupa os clubes de futebol. Trata-se da gestão financeira, que vem sofrendo efeitos diretos e indiretos por conta da pandemia.
Alguns efeitos já são sentidos. O Corinthians, assim como os demais clubes de futebol e empresas do Brasil, vê algumas de suas receitas diminuírem ou até zerarem, e ainda com uma perspectiva do quadro se agravar nos próximos meses. As autoridades na área de saúde preveem uma subida em grande escalada da doença nos próximos 60 dias em todo o país, inclusive, com todo o sistema de saúde (público ou privado) entrando em colapso.
O Timão já anunciou que as lojas da Arena Corinthians e Parque São Jorge deixaram de funcionar, o que deve ocorrer também com todas as lojas da Rede Poderoso Timão. Vários varejistas que vendem os produtos corinthianos também estão, por ora, fechando as portas, por conta da pandemia.
A Arena Corinthians teve suas atividades paralisadas, com perda gigantesca de arrecadação. Quanto aos direitos de TV, até agora os acordos estão mantidos, mas não se sabe se as emissoras poderão honrar integralmente com os repasses de valores agendados. Enquanto isso, os compromissos financeiros, principalmente com atletas e comissão técnica (a maior despesa fixa dos clubes), seguem tendo que ser cumpridos, a princípio.
Em meio a este clima, o futebol carioca foi a primeira grande praça esportiva a sofrer consequências no campo da publicidade. A empresa Azeite Royal anunciou o cancelamento do patrocínio ao Fluminense, Flamengo, Vasco, Botafogo e Maracanã. Assim, serão milhões de reais a menos no faturamento do futebol carioca.
Ao site Globoesporte, Eduardo Giraldes, empresário dono da Azeite Royal, falou das motivações da tomada de decisão por parte da empresa.
“Tomamos a decisão de rescindir com todos os clubes e também com o Maracanã até por tudo que estamos passando. Fizemos uma reunião de conselho e com o marketing. Os campeonatos estão parados e não temos porque manter esse investimento. Vamos focar nesta crise mundial com os supermercados, que são os que precisam desse tipo de ação. No momento, a prioridade é outra. A crise é para todos. Depois, sentamos e conversamos para um novo contrato. Não existe marketing no mundo melhor que o futebol, mas a situação vai além. Temos que entender o momento que o mundo está passando.”
A atitude da empresa Azeite Royal, por ora, ainda é tratada pelo Departamento de Marketing do Corinthians, assim como de outros clubes, como algo pontual, quase que excepcional. Contudo, o sinal de alerta foi ligado, pois, mesmo que a fidelidade aos clubes, por meio de manutenção do patrocínio, possa ser até um ponto positivo a ser explorado na imagem das marcas (sendo fiéis aos clubes em tempo de crise), a falta de receitas pode levar ao colapso financeiro de algumas empresas, o que, consequentemente, atingirá seus compromissos com patrocínios.
O clima no Corinthians e em outros clubes segue sendo de muita apreensão com o que pode acontecer nas próximas semanas e meses, todos cientes que o retorno do futebol deve demorar para acontecer.
Por Redação Central do Timão
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