Como boa fanática por futebol, cresci ouvindo sobre a famosa Seleção Brasileira que perdeu a Copa do Mundo, mas é considerada a melhor que existiu. Ouvi também que Pelé e Garrincha foram seres maiores do que eu vejo em Messi e Cristiano, mas por que apenas ouvi? Porque ver na televisão e escutar o que contam é diferente de vivenciar a tal história. Como uma pessoa que nasceu nos anos 80 eu posso agradecer a Deus que vivenciei um Silva escrevendo uma história que dificilmente outra pessoa conseguirá.
Quem o conheceu e quem o entrevistou não o considera uma das pessoas mais fáceis de lidar ou exemplo de humildade, mas quando falam em profissionalismo, brilhantismo e alguns ismos de exaltação acredito que temos uma quase unanimidade: Ayrton Senna da Silva é a lenda.
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Mas Monique, este Silva jogou em qual time? Ele jogou com muito orgulho na Seleção brasileira, pois nunca vi alguém carregar uma bandeira de seu próprio país como ele carregou. As cenas de cada vitória com a verde e amarela dançando serão eternas. O mundo que poderia ter esquecido do nosso país no pós-Pelé, redescobriu com este Silva.
Para jogar na Seleção ele precisa antes passar por um time. Correto? Sem dúvidas! E por isso muitos corinthianos (como eu) aumentaram sua fé ao ver a camisa branca/preta por baixo de seu clássico macacão vermelho. O macacão vermelho era seu uniforme de trabalho, a camisa era sua segunda pele, talvez ali eu tenha entendido o real significado de segunda pele para uma camisa de futebol. Ele fez sem qualquer intenção de marketing, não existiria um preço pagável por isso, como não existe até hoje uma foto mais simbólica do que a dele mostrando nosso escudo com orgulho. Aquele mesmo orgulho que ele tinha ao balançar a bandeira verde e amarela.
Ele era um dos mais conhecidos torcedores do clube, um multimilionário que fazia parte da maloca sofredora. Ele mostrou o que era ter amor pelo que fazia, o que era morrer pelo que fazia. Ele era um de nós, sem nem ao menos nos conhecer, mas ele era um de nós.
Era uma pessoa cheia de defeitos, mas um mito intocável. Era uma pessoa que esbanjava nas festas e ajudava instituições que nem sabíamos, ele não aceitava perder, ele não aceitava um não, ele não aceitava limites.
Ele era um Silva, apesar de ser Senna.
Sou Monique Marie e estou no Twitter @kikiie Vai Corinthians!
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