O defensor do Corinthians ainda falou sobre a estrutura do clube e a Democracia Corinthiana
O zagueiro Bruno Méndez deu entrevista ao site uruguaio “La Diaria”. O defensor falou sobre a Democracia Corinthiana, enalteceu a estrutura do clube, admirou o tamanho da torcida e disse que se impressionou que a Fiel não quer apenas jogo bonito e sim “sangue no olho”.
Com pouco mais de um ano de Corinthians, o jovem uruguaio de 20 anos contou sobre o que a torcida corinthiana mais pede.
“A gente imagina que o brasileiro apoie o jogo bonito. Mas no primeiro jogo que eu vi o Vagner Love se atirar ao chão, a torcida levantou. Pensei, que estava no Uruguai. Isso não acontece em todas as equipes do Brasil. Aqui no Corinthians a torcida pede sangue, sangue no olho”, conta o defensor que enaltece o tamanho da Fiel.
“O Corinthians tem uma história muito linda, é o clube do povo, são quase 40 milhões de torcedores. Você se dá conta quando viaja: vai ao Norte, ao Sul e sempre vão te esperar no hotel, no aeroporto. E essa torcida não para nunca de cantar”, continua o uruguaio.
Bruno fez apenas 13 jogos com a camisa do Corinthians, o último contra a Inter de Limeira, no dia 9 de fevereiro. O zagueiro, além de elogiar a estrutura, afirma que tem que ganhar só pelo o que o clube já oferece.
“Nós temos de tudo no Corinthians, não pode se queixar, tem que ganhar porque tem tudo. São seis auxiliares, quatro fisioterapeutas, dois médicos. Eu só joguei no Montevideo Wanderers, mas de todas as formas tem que ver quantos clubes da América do Sul tem o que o Corinthians tem no Brasil” disse o atleta que continuou.
“Às vezes não é necessário chegar à Europa para escrever história”, afirma Bruno Méndez.
O jogador mostrou que não só entende o que a torcida quer, como conhece a história do clube. O zagueiro falou sobre a Democracia Corinthiana, movimento da década de 1980 pelas “Diretas Já”. Porém, o defensor diz conhecer a história da Democracia Corinthiana por um livro de Eduardo Galeano, escritor uruguaio, que leu antes de jogar aqui no Brasil.
“Eu sabia da Democracia Corinthiana porque tinha lido um livro de Galeano que ganhei de presente de Joaquín Noy (jogador uruguaio), e lá está essa história. É um livro de fragmentos inéditos que ficaram depois da morte dele. Sinceramente, desde que cheguei não se fala disso. Se sabe, está presente, mas não se fala. Os torcedores ainda usam a camisa do Sócrates. É muito difícil que algo assim volte a acontecer”, finalizou Bruno Méndez.
Por Vini Bonadie/Redação da Central do Timão
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