Blog do Thiago Balzary – O Futebol não é uma Master Liga

Por mais que os criadores dos jogos de futebol para video game tentem, é praticamente impossível se aproximar com tanta precisão da vida real quando se fala em Master Liga ou qualquer modo que vise a realidade virtual para quem joga. Esse games promovem desde a possibilidade de jogar as partidas do seu time até realizar a administração em diversas plataformas permite ao jogador criar, desenvolver e fazer com seu clube se torne vencedor.

Imagem: Reprodução vídeo

Conforme você vai jogando as temporadas, os jogadores vão envelhecendo e consequentemente se aposentando e aí algo mágico acontece, eles ressurgem nas categorias de base dos times e aí você pode encontrar um Messi, Iniesta, CR7 dentre outras lendas com 16 anos de idade e um valor de venda relativamente baixo: vale a aposta? Acredito que sim.

É aí que nos deparamos com a disparidade com a vida real, nem todo Iniestazinho aos 16 anos chegará no profissional voando tal qual o craque que é retratado no game, ou seja, no game você tem a certeza de que o jogador destruirá, já na vida real não existe uma matemática exata, é possível que o jogador mais badalado não vingue e quem a gente nem espera estoure.

Em primeiro lugar, o que temos que ter sempre a consciência é que não existe um “Overall”, pois em um jogo o jogador pode arrebentar e no outro ir mal, faz parte da graça do futebol. Por mais que um jogador seja rápido e tenha o que consideramos um “95 de velocidade” pode ser que ele perca na corrida para um zagueiro pesado e mais lento, são coisas do futebol.

Em segundo lugar, devemos sempre lembrar de que o futebol profissional é diferente das categorias de base, um jogador que sobe do sub-20 precisa de tempo para se adaptar, e isso envolve não só parte técnica, mas confiança. Essa confiança não é só responsabilidade nossa como torcida, é dele, dos companheiros de equipe, da comissão técnica e da família. É incrível como alguns jogadores sobem e a torcida espera que eles resolvam todos nossos problemas.

Em terceiro lugar, além da paciência, precisamos ter respeito pelos atletas em geral, pois são seres humanos. Vi jogadores da base do Corinthians subindo e tendo que trancar os comentários em rede social pois várias pessoas, incluindo homens barbados, utilizavam-se dos comentários dos posts para ofender das mais diversas formas possíveis os atletas por não terem atendido suas expectativas nas partidas.

A conclusão desse pensamento é que pode ser que aconteça e pode ser que não, pode ser que um grande jogador em toda a base tenha uma desilusão amorosa na transição para o profissional e vá mal e perca a confiança, ao contrário pode ser que a adaptação seja rápida e ele voe, pode ser que ele seja escalado em posição errada e não se destaque tanto e anos depois seja um craque em outro clube grande do país… É tudo uma grande aposta.

Seja lá como for, eu apoiarei todos, afinal o futebol não é uma Master Liga. 

Você pode me seguir no Twitter: Thiago Balzary (@BaseCorinthiana)

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