Você conhece a história do Corinthians nos anos 60? Já faz um tempo que venho retratando de década em década a história e os feitos mais importantes do Timão. Se você não viu os outros textos, pode clicar aqui.
Começando por 1961. Mas sem nada demais, pois ficamos apenas em sexto lugar na colocação do Paulista. Mas em 1962 conquistamos, talvez, o torneio mais democrático do futebol paulista: A 1ª Taça São Paulo. Nos moldes de “mata-mata”, o campeonato reunia todas as divisões do Estado. Era uma espécie de “Copa Do Brasil”, porém só com times de São Paulo. Num total de 32 clubes, o Timão eliminou em sequência a Portuguesa Santista com muita facilidade, depois foi a vez do Taubaté cair para o Corinthians. Nas quartas-de-final, teve Majestoso e no jogo de volta, em casa, o Corinthians goleou o tricolor por 5×1 de virada, pois perdeu o primeiro jogo no Morumbi por 2 a 0. Na semifinal, teve embate contra a Ferroviária. Assim como contra o São Paulo, o Corinthians saiu derrotado por 2 a 0, mas na volta, goleou. Dessa vez, por 4 a 0.
Numa finalíssima, o Corinthians trombou com Santos de Pelé. E aqui provamos um mito que se formou pela mídia e pelos torcedores rivais: O Corinthians nunca ficou onze anos sem vencer o Santos. Na verdade, este tabu existiu, mas contando apenas partidas do Campeonato Paulista. No Parque São Jorge, o Timão venceu por 3 a 1. Na volta, num jogo disputado, o clássico alvinegro terminou empatado em 3 a 3, e o Corinthians levantando a taça em pela Vila Belmiro.
Representando a Seleção
Em 1965, a convite da CBD (atual CBF), o Corinthians foi a Londres para um amistoso contra o Arsenal como representante da Seleção Brasileira. Enfrentando fortes condições climáticas depois de jogar contra o Santos pelo Paulistão num forte calor em São Paulo, o clube do Parque São Jorge enfrentou o time inglês numa temperatura baixíssima e acabou derrotado por 2 a 0.
Torneio Rio-São Paulo dividido
O Timão conquistou o torneio Rio-São Paulo de 1966 junto de outros quatro clubes: Santos, Vasco e Botafogo. A divisão do título ocorreu devido a falta de datas para disputar os desempates.
1968 – Quebra do “Tabu”
O tabu contra o imbatível time do Santos mencionado mais cedo em partidas válidas pelo campeonato paulista foi finalmente quebrado. Após a reformulação do elenco, o Corinthians entrou em campo determinado a quebrar o tabu que já perdurava por 11 anos: Foram 22 partidas, com 16 derrotas e 06 empates. E a torcida, que também esperava por vitória, lotou o Pacaembu e ao fim da partida que terminou em 2 a 0 para o Timão, a Fiel invandiu o campo e comemorou como se fosse um título. Com a torcida em campo, se ecoou o canto “Com Pelé, com Edu, nós quebramos o tabu”.
Fim da década – 1969 e 70
Em 1969, o lateral Lidu e o ponta Eduardo faleceram em um acidente de carro. O Corinthians solicitou a FPF que pudesse inscrever dois jogadores naquele Paulistão, já em andamento, para não sair prejudicado. Todos os clubes acataram, menos o Palmeiras. O apelido de “Porco” do rival vem justamente desta atitude. O apelido era gritado pelas torcidas rivais em alusão ao “Espírito de porco” que a equipe alviverde teve no trágico momento do Corinthians.
Em 1970, o Corinthians cedeu Ado, Rivellino e Zé Maria a Seleção, que conquistou o tricampeonato mundial.
A década se encerra aqui. No próximo texto, partimos de 1971 e falarei bastante sobre o tão aguardado título paulista de 1977.
Obrigado pela leitura, Fiel. Vai Corinthians!
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