Os mais de 37.000 torcedores que estiveram na Arena Corinthians no domingo (29/09) pela manhã, presenciaram algumas cenas recorrentes e uma rara. Entre as recorrentes podemos citar um desempenho ruim do Timão em campo, que terminou com a vitória por 1×0 diante do Vasco, a atuação confusa do árbitro Ricardo Marques Ribeiro, as belas defesas do goleiro Cássio, a festa da fiel torcida que compareceu e apoiou o time até o último instante do jogo, a atuação impecável do volante Ralf e foi ele também o protagonista da cena rara que fez explodir de alegria a Fiel foi ele o autor do gol da vitória corinthiana.
Em sua partida de número 427 com o manto alvinegro, Ralf chegou ao seu 10° gol marcado. Ralf chegou ao Corinthians em 2010 e não demorou a ganhar espaço no time titular e assim permaneceu por praticamente toda a sua primeira passagem pelo clube onde ele fez parte das muitas importantes conquistas recentes, oito até agora (Paulista 2013,18, 19, Brasileiro 2011 e 15, Libertadores e Mundial 2012 e Recopa 2013). Na libertadores foi dele o primeiro gol do Corinthians na competição, no último lance do jogo de estreia contra o Deportivo Táchira (Venezuela).
A marcação forte e leal do volante sempre foram sua principal característica, após dois anos na China, Ralf retornou ao Corinthians em 2018, mas precisou enfrentar a desconfiança de muitos que não acreditavam que ele pudesse voltar a atuar em alto nível. Muitas eram as críticas pela sua forma física, sua idade, seu estilo de jogo que, para muitos, não é o ideal para o futebol moderno sem tanta qualidade na saída de bola. No entanto, Ralf segue firme e implacável quanto à marcação por baixo ou pelo alto. Nada parece passar pelo volante que além de grandes atuações, mostra ser um exemplo de profissionalismo já que por vezes tem de lidar com a reserva e toda vez em que acionado para jogo ele está preparado e reconquista a vaga de titular em campo.
Aos 35 anos e com contrato até o fim de 2020, o camisa 15 que nunca foi expulso em toda sua carreira no clube, chegou a declarar que não se considera ídolo do Corinthians
[…] “Mas eu não me considero ídolo, não. Sei que conquistei títulos importantes no Corinthians, mas tem jogadores que são mais ídolos que eu por aqui “, disse em entrevista à Rádio Jovem Pan.
Quanto a esse pensamento eu discordo dele, já que, para mim, Ralf é, sim, ídolo. Mas o mais importante é que ele segue ajudando o time e colocando cada dia mais a sua marca na história do Corinthians.
Por Josy Londres para o Especial Torcedor/Central do Timão
Twitter/Instagram @JosyLondresSCCP
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Estréia sensacional! Parabéns pelo ótimo texto!