Hoje, dona Marlene Matheus faria 83 anos

Marlene Colla Matheus – Presidente do Corinthians 1991-1993 – Uma mulher à frente do seu tempo

Dona Marlene nasceu no Brás, em São Paulo, Capital. Conheceu Don Vicente Matheus, espanhol, quando ela era dançarina de flamenco, numa homenagem ao 4º Centenário da Cidade de São Paulo, em 1955. Casaram-se em 1968, ele já viúvo, ela 28 anos mais nova.

Em 1971, quando Don Vicente retornou ao Corinthians como vice-presidente, dona Marlene se dedicou à parte social do clube e assim se tornou uma das figuras mais populares do alvinegro. Sem poder concorrer novamente à presidência, Vicente seguiu os conselhos do amigo Mário Campos (falecido anos antes), e indicou o nome de Marlene como sua sucessora.

Dona Marlene aceitou, por amor ao marido e ao Corinthians, pois sabia de sua responsabilidade de tirar a administração do clube de mãos inoportunas. Foi eleita em 1991 com 2.119 votos, tornando-a a primeira mulher à frente de um grande clube brasileiro e única presidente mulher da história centenária do Corinthians. Em termos de conquistas, obteve apenas dois vice-campeonatos paulistas, mas seu legado de Corinthianismo e o trabalho honesto que fez no clube permanecerão para sempre. Dona Marlene faleceu em 02 de julho de 2019, com 82 anos.

“A história de vida de Dona Marlene se mistura com a história do Corinthians e da Fiel. Casou-se com o imigrante espanhol Vicente Matheus e dedicou a sua vida a ele, que foi um dos maiores mandatários do Corinthians. Como mulher, ela abdicou de sua vida para ser o par perfeito de união e amor a um time de futebol, que na sua origem abraçou a todos indistintamente. Dona Marlene, com sua forma de pensar, agir e conduzir, soube dar o alicerce para que o seu esposo e dirigente do Corinthians pudesse transformar tudo o que ele administrava. Sua fibra, sua forma de conduzir os assuntos pertinentes ao clube e o amor que adquiriu por ele e que recebeu por convivência com o seu marido, a fez ser a mulher mais atuante na história da política do clube.” (Marcelino Rocha)

Por Nágela Gaia