Segundo historiador palestrino, quando os dirigentes alviverdes fizeram as contas, era tarde demais: haviam facilitado o bicampeonato Paulista do Timão com três rodadas de antecedência
Dia 16 de setembro de 1923. Corinthians (o líder do campeonato com cinco pontos perdidos) e o Palestra Itália (vice-líder com oito pontos perdidos), tinham um jogo marcado pelo Campeonato Paulista no Parque Antarctica. No entanto, o Palestra não apareceu para jogar.
Existem duas versões. O que realmente aconteceu e a versão contada por palestrinos.
Na rodada anterior, no dia 9 de setembro, houve muita confusão no jogo em que o Palestra derrotou o Germânia por 3×2. O resultado foi muito contestado pelo time de alemães, que entrou com um recurso no tribunal da APEA para anular a partida, porque teria empatado o jogo no final, e o árbitro não validou o gol, alegando que já havia apitado o final da peleja quando a bola entrou.
Indignado porque a APEA aceitou colocar a partida em julgamento, o Palestra se antecipou ao julgamento da entidade e resolveu fazer um protesto. Informou quatro dias antes, que não se apresentaria no próximo jogo.
Segundo relatos do blog Senhor Palmeiras, “a fim de mostrar sua força e provando confiar totalmente na capacidade de sua equipe, a diretoria palestrina comunicou à APEA que, não compareceria ao próximo jogo.” Assim, diziam eles, “o clube comprovaria sua grandeza e, mesmo desperdiçando dois pontos (na época as vitórias valiam isso), haveria de conquistar o título.”
“O que nenhum deles se lembrou é que o jogo seria contra o Corinthians, o líder do campeonato. Assim, faltando apenas três rodadas para o final do campeonato, o Palestra ficou três pontos atrás do Corinthians”, conta o blog palestrino.
Diziam, na época, que, na realidade, o Palestra correu do Corinthians. Usou a briga do Germânia como desculpa, pois o Corinthians fazia uma campanha quase perfeita, com 11 vitórias em 12 jogos e havia vencido o Palestra por 4 x 1 no primeiro turno.
No dia 16, no horário marcado, o Corinthians adentrava o gramado do Parque Antarctica para sair de lá com os dois pontos, visto que o rival não apareceu e perdeu por W.O.
Nas rodadas seguintes, o Palestra venceu os três jogos que faltava disputar (São Bento da capital, Portuguesa e Ypiranga), enquanto o Corinthians venceu a Associação Atlética das Palmeiras e, perdeu para o Sírio.
Se tivesse entrado em campo e vencido o Corinthians naquele jogo do W.O., o Palestra teria sido o campeão Paulista de 1923, com oito pontos perdidos contra nove do Timão.
Foi exatamente aquele jogo que fez a diferença para que o Corinthians — que era o campeão Paulista do ano anterior, 1922 (Centenário da Independência) — acabasse se sagrando bicampeão com três rodadas de antecedência.
Diz o blog Senhor Palmeiras: “Cumprindo aquilo que prometera, nossa equipe venceu seus três últimos jogos, enquanto o Corinthians perdeu sua última partida para o Sírio, por 3×2. Ou seja, se tivesse jogado o clássico marcado para o dia 16 de setembro e se o tivesse vencido, a festa do título seria alviverde e não alvinegra. Quando os dirigentes palestrinos fizeram as contas, era tarde demais”, lamenta.
Disputavam somente os times da capital. A exceção era o Santos.
A competição foi disputada inicialmente por 12 times, que se enfrentaram entre si no primeiro turno.
Os oito com maiores pontuações disputaram o segundo turno e se enfrentaram, mas com o mando de campo invertido em relação ao primeiro turno (como funciona hoje).
O campeão seria o time que mais pontuasse, somando-se os dois turnos.
A vitória valia dois pontos; o empate, um ponto. Eram as regras do futebol na época até a temporada de 1994. Só a partir da temporada de 1995, por determinação da FIFA, passou a ser como é hoje (vitória três pontos, empate um ponto).
Caso houvesse empate na primeira colocação, seria realizado um jogo-desempate para se decidir o campeão.
Por Nágela Gaia/Redação da Central do Timão
Fontes: Almanaque do Timão/Celso Unzete – Blog Senhor Palmeiras
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Eu achava q o Corinthians era o maior rival do Palmeiras, mas vejo que é a Matemática.
Matemática nunca foi o forte dos palmeirenses kkkkk
Chororô, mentiras, realidade alternativa, não saber nada de matemática e ser sujo (porco) e desleal: as características do PalBeiras são antigas!
Ainda bem que o Palestra correu; senão, pelo visto, seria perigoso tomar uns 8×0