Treinador voltou a comandar a equipe sub-20, que está a 11 jogos do Paulista sem perder e reforça a importância de dar chance aos garotos formados no clube
Desde que voltou para o Corinthians, em abril deste ano, Dyego Coelho é o técnico do Timãozinho, que está invicto há 11 jogos no Paulista. No total, foram 10 vitórias e um empate. Apesar de estar muito feliz com os números, o treinador afirmou em entrevista ao Globo Esporte que não está satisfeito e que a equipe precisa melhorar para brigar por títulos até o final da temporada. Para ele, o time ainda não está pronto.
Dyego Coelho comentou sobre a possibilidade de utilizar os jogadores profissionais para fortalecer o elenco da base e que pretende contar com o quarteto Caetano, Lucas Piton, Roni e Janderson para os jogos mais expressivos, dentro do que já foi acordado com o técnico Fábio Carille.
Em relação ao sub-23, o técnico se mantém firme para que os atletas com menos de 23 anos não subam de categoria enquanto não estiverem aptos. Segundo Coelho, as comissões e a diretoria precisam interagir mais para evitar problemas e colocar o clube sempre em primeiro lugar.
Além disso, Dyego falou sobre seu retorno como técnico da base, comparando sua primeira passagem, quando havia um número alto de jogadores – dos quais muitos não estavam preparados para jogar no Timão – e teve que fazer uma espécie de “pente fino”. Quando voltou, no entanto, o elenco estava desfalcado por conta dos jogadores que haviam sido emprestados ao time profissional.
“Jogador que não tem condições para estar no Corinthians não vai estar, principalmente no sub-20. Minha primeira passagem foi um pouco conturbada por causa dessa situações. Muitos não tinham condições. A limpa de hoje começou ali, tínhamos mais de 60 atletas. Hoje, volto com o grupo mais enxuto”, declarou.
Quanto aos jogadores emprestados à categoria profissional, para Coelho, isto significa que o Corinthians tem formado bons atletas, “méritos do departamento”, diz. O técnico também esclareceu sobre a chegada dos jogadores, informando que dificilmente o Corinthians recebe atletas que nunca jogaram. Não são feitos testes, somente peneira, onde já é feita a seleção dos melhores que devem ir para a base.
Coelho garante que é um técnico que cobra a postura dos jogadores não apenas dentro de campo, mas fora dele também. “Não digo que sou carrasco. Mas me preocupo no comportamento com a família, com os companheiros, situações que precisam entender que tem hora para tudo. São meninos. Quando eu tinha essa idade, não ganhava esse dinheiro. Eles sabem que a cobrança é para o bem. Eles entendem, gostam disso.”, afirma.
De acordo com ele, é necessário cobrar os jogadores de maneira individual, considerando a importância e as particularidades de cada um. O técnico precisa saber fazer uma leitura do perfil do atleta.
O técnico também falou que o fato de o Corinthians ser um gigante pode complicar um pouco as chances de os meninos chegarem ao profissional. “A aceitação pode ser maior ou menor que outros clubes, mas é complicado para o jogador. Ele sente. Chegar à Arena e jogar não é fácil. O trabalho do Carille e comissão é muito bom, entrar na boa facilita. Já tivemos situações aqui no Corinthians que o cara entrou na fogueira e a maioria não teve continuidade no clube. É preciso ter cautela, paciência.”, declarou.
Sobre jogar em times de menor expressão, para ele, jogador de alto nível precisa estar jogando, independente do clube.
Para Coelho, pelo menos 50% dos jogadores da base precisam ser formados desde cedo pelo clube, ou seja, a grande maioria do elenco deve ter raiz alvinegra, principalmente para aprender a lidar com a pressão do futebol exigido de uma equipe como o Corinthians. Ele também elogiou o trabalho de Fábio Carille como técnico e a integração entre a base e o profissional.
“Aqui tem conversa, só não é divulgado. O Carille é fantástico nisso. Coloca auxiliares para ver o jogo. Vilson e Sheik estão sempre aqui conosco. É uma integração fantástica.”, menciona.
Dyego Coelho trabalho ao lado de outros integrantes da Comissão Técnica, formada por Leandro Spinola (supervisor), Rodrigo Leitão (auxiliar), André Galbe (preparador físico), Luiz Fernando dos Santos (preparador de goleiros), Leandro Gomes (fisioterapeuta) e Yan Viegas (analista de desempenho), e considera-se um treinador bastante ofensivo, que gosta de pressionar no campo do adversário e fazer a finalização correta, sem dar espaço.
Quanto ao trabalho realizado pela Comissão Técnica frente aos atletas do sub-20, Coelho ainda reforça que “É muito bom dar treino bom. Temos tudo à disposição aqui. Isso aqui é uma potência, só precisa aproveitar. Aceitação no Santos é maior. Dois jogos mal aqui, o moleque não serve mais.”.
Por Redação Central do Timão
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Gostaria de saber se existe “CONSELHEIROS” no Corinthians, afinal Andrés está fazendo uma lavagem de dinheiro dentro do clube com esse Sub-23.