Fala, Fiel!
Então… Você lembra qual foi o último gol de falta que o Corinthians marcou? Pergunta difícil, hein?! E olha que oportunidade em vários jogos não faltou. Deixamos escapar alguns pontos por não termos um bom cobrador no elenco. Na minha opinião, isso é bem mais sério do que ficar quase cinquenta jogos sem um mísero pênalti marcado a favor.
Diferente do que acontece hoje, sou de uma época em que era difícil lembrar em que jogo o Corinthians não marcou um gol de falta. Tanto que a desculpa dos “anti” era: “Ah, mas o Corinthians só ganha com gol de falta. Se não existisse falta no futebol o Corinthians não venceria um jogo sequer”.
Sabendo que toda grande obra começa pelo rascunho, nossos jogadores faziam questão de aprimorar seu talento natural através de exaustivos treinamentos após os coletivos, e esse era o grande diferencial para decidirem muitos jogos, classificações e títulos, e com isso, terem seus nomes eternamente escritos na história dos heróis corinthianos.
Ou você, caro Fiel, acha que Neto teve sorte de enfiar uma bola a mais de 40 metros de distância na gaveta do ótimo Gilmar Rinaldi em pleno Maracanã? Ouso dizer que, sem seus preciosos gols de falta, não teríamos conquistado o nosso primeiro Brasileiro.
E quem aí se lembra do famoso grito da bancada, “uh, Marcelinho, uh, Marcelinho”? Ah, se não fosse aquele milagroso gol de falta na final do Paulista 95… Talvez estivéssemos amargando até hoje um tri da porcada.
Lembro-me bem que a torcida incentivava os atacantes a procurarem as botinas dos zagueiros e quando isso acontecia, a comemoração parecia a de um gol. Afinal, com esses mestres, o tento era questão de segundos.
Nos dias atuais, onde o profissionalismo é levado muito a sério, a maioria dos profissionais sequer fica após o treino aprimorando ou aprendendo fundamentos.
O próprio Marcelinho declarou que, após os coletivos, ele treinava várias cobranças de variados locais e distâncias para executá-las com perfeição na hora do jogo. E olha que era uma época de bolas mais pesadas, gramados ruins, chuteiras duras. O clube não tinha a estrutura que tem hoje. Mas o jogador estava lá, dando duro para ser diferente e fazer diferença dentro do clube.
Definitivamente, não adianta o jogador achar que, sem treinar cobranças, vai chegar a oportunidade no jogo e ele fará o gol.
Peguei como referência apenas dois heróis corinthianos dos mais recentes. Mas, se tiver alguém no nosso atual elenco que queira entrar nessa seleta galeria de ídolos do Timão, treine, treine e treine.
Essas faltas perdidas estão fazendo muita falta para nós.
Atleta do Timão, tenha certeza, seu esforço não será em vão e a Fiel saberá como lhe recompensar.
Nos vemos nos comentários. Vamos resenhar.
Grande abraço e… Vai, Corinthians!
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Antes, os jogadores ficavam até tarde aperfeiçoando cobranças de faltas.
Hoje, não o fazem mais por dois motivos:
O primeiro é físico. Futebol está muito intenso, 2, 3 jogos por semana com uma intensidade maior que antes.
O segundo está na “concorrência”. Após os treinos, há uma demanda de eventos sociais, festas patrocinadas… Além das redes sociais que também levam boa fatia de tempo de todo mundo.
No mais, fica o saudosismo de Uh! Marcelinho!
Vai Corinthians!
Realmente uma pena. Alguns fisiologistas, inclusive, não apoiam essa prática do pós-treino… Eu acho exagerado. Vale a pena para o clube e para o próprio jogador qualquer esforço… Grande abraço, Flávio. Tmj
Faz muita falta mesmo, Marcelinho quando ia bater ja sabiamos que era 98% de chance de gol, parabéns, pela matéria bjs
Exatamente. Não tinha distância, lugar… De onde viesse era perigo, Sueli. Obrigado pelo comentário. Grande abraço.
Eu não lembro quem fez o último.
Lembro q o Sornoza quase fez contra o Racing.
Ta escasso mesmo. Me lembra ai.
Marcelo, o Jadson fez “sem querer” na vitória por 1×0 sobre a Chape na Copa do Brasil ano passado… O Sornoza ficou no quase e o Maycon q quase não tinha chances de cobrar aqui, de vez em quando marca lá na Ucrânia. Complicado. Tmj. Grande abraço.
Fala Marcelino, tudo bem ? Essa resposta é simples. FALTA DE QUALIDADE. Até a década de 90 tínhamos jogadores do primeiro escalão atuando no futebol brasileiro, hoje é uma exceção ou outra. Troquei ideia com um primo meu que trabalha na parte de desempenho do Red Bull e ele argumentou que a diminuição dos gols de falta é proporcional ao aumento da carga física aos atletas, que o jogador hoje corre muito mais do que a 15 anos atrás. Entendo isso, porém na Europa temos gols de falta em todas as rodadas praticamente. Abraços
Olá, André. Excelente ponderação. Devido à dinâmica do jogo que tornou o futebol muito mais físico, mais corrido, jogadores precisam ser atletas na acepção da palavra, a carga de exercícios aumentou e com isso o risco de lesões por sobrecarga. Compreensível. Além disso, a falta de qualidade técnica contribui muito para isso. Na Europa continuamos vendo gols de falta, não como antigamente, mas percebe-se que são, em sua maioria, feitos por jogadores de extrema qualidade. É isso. Grande abraço. Vai, Corinthians!
Faz muita falta mesmo marceMITo, e pensar e relembrar quando tinha falta já comemoravamos com o Marcelinho, neto entre outros. Quem sabe não volte aos velhos tempos de cobradores de falta, pois no futebol de hoje bola parada decide jogo.
Não só no futebol de hoje, né, meu amigo Mano Brito, sempre decidiu. Infelizmente não vejo mais no futebol brasileiro jogadores com a qualidade que tinham esses monstros que você citou. Uma pena. Saudades de uma época feliz. Grande abraço!
Saudades do Marcelinho pé de anjo!!
Belo texto!!
Obrigado, Jessikinha. Nem fala. Marcelinho, Neto, Riva, Zenon… O próprio Chicão, embora não fosse um especialista, batia bem na bola, tanto q é o segundo maior zagueiro artilheiro da história do Timão. Enfim. Esperemos por dias melhores.
Ultimamente não conseguimos nos aproximar com qualidade da area nem pra chutar a gol e quando ha uma falta a nosso favor tb eh difícil ver bola q causem dificuldade aos goleiros adversarios tem q treinar muito mais!
Verdade, Washington. Para se ter uma falta na entrada da área o primeiro passo é criar jogadas próxima da área para que elas apareçam, o que ultimamente tá bem difícil. Aí quando surge essa rara oportunidade não temos um batedor e desperdiçamos a chance. Grande abraço!