Após vitória e derrota nos primeiros jogos das finais contra a Ponte Preta, o Corinthians foi para o terceiro jogo disposto a findar o incômodo jejum de 22 anos, oito meses e seis dias sem conquistar o Campeonato Paulista.
Curiosamente, a Fiel Torcida cresceu de forma considerável durante o período e, como de praxe, levou mais de 86 mil pessoas ao Estádio do Morumbi naquela noite, em 13 de outubro de 1977.
Para a terceira partida, o Timão do treinador e ídolo Oswaldo Brandão foi a campo com: Tobias, Zé Maria, Moisés, Ademir e Wladimir; Ruço, Basílio, Luciano, Vaguinho, Geraldão e Romeu.
Depois de primeiro tempo com ligeiro domínio corinthiano, o segundo tempo foi de duas equipes cautelosas e nervosas, com poucas oportunidades de gol, tamanha a importância daquela partida e o receio de deixar o tão sonhado título escapar.
O Corinthians jogava pelo empate até os 36 minutos do segundo tempo, quando Zé Maria bateu falta pela direita, Vaguinho bateu no travessão e sobrou para Wladimir cabecear e Oscar salvar em cima da linha. Mas, no rebote, Basílio fuzilou, sem chances para o goleiro Carlos, marcando um dos gols mais importantes da história do Corinthians.
Após o gol, a euforia tomou conta da Fiel no Morumbi e em todo o Brasil. Em campo, mesmo sem Geraldão, expulso após briga com Oscar, o Timão se segurou até o apito final, quando o Bando de Loucos invadiu o gramado e festejou sua primeira “libertação” ao lado de seus heróis.
A conquista do Paulistão de 1977 é celebrada e enaltecida pelo Corinthians até os dias de hoje, chegando a inspirar uniformes do clube lançados pela Nike, como em 2007, 2013 e 2017. Relatos afirmam que tal feito pode ser considerado o maior da história do Alvinegro.
Um momento imortalizado na voz de Osmar Santos: “O Corinthians, envolvido nessa chama, nessa religião e nessa bandeira.”
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