Relembre a campanha vitoriosa da Libertadores 2012 em um vídeo especial da Central do Timão
Após ser campeão brasileiro em 2011, o Corinthians se classificou para a fase de grupos da Libertadores do ano seguinte. Ainda com o fantasma da eliminação vexatória para o Tolima no mesmo ano da conquista nacional, o Timão embarcou para mais uma disputa do torneio sul-americano, até então inédito no currículo alvinegro.
Porém, aquela Libertadores de 2012 não seguiria o roteiro das demais. O Timão embalou, se fortaleceu e trouxe o título para casa. Para te ajudar a reviver o feito, nós separamos um especial com os principais momentos do título. Confira.
O Corinthians iniciou sua caminhada na Libertadores no dia 15 de fevereiro. Jogando fora de casa, enfrentou o Deportivo Táchira em uma noite complicada para o Timão. Perdendo por 1 x 0, a equipe de Tite empatou apenas aos 48 minutos do segundo tempo, quando Alex cobrou falta e Ralf cabeceou na rede.
A partida seguinte foi um pouco mais tranquila para o Corinthians, mas não tanto. No dia 7 de março, jogando em seus domínios, com mais de 30 mil pagantes no Pacaembu, o Timão enfrentou o Nacional, do Paraguai. Aos 38 do primeiro tempo, Danilo abriu o placar. Aos 21 da segunda etapa, após receber bom passe de Edenílson, Jorge Henrique marcou o gol que deu mais tranquilidade, finalizando em 2 x 0 para o alvinegro.
Para disputar a terceira partida, o Corinthians viajou até a Cidade do México, no dia 14 de março. À época, as equipes mexicanas ainda disputavam a Libertadores. O Timão, em um jogo difícil principalmente pelo cansaço do deslocamento, empatou em 0 x 0 com o Cruz Azul. O ponto trazido na mala foi fundamental para fortalecer a equipe, que ganhava dentro de casa e não perdia fora.
Já no dia 21, uma semana após a viagem ao México, o Corinthians recebeu o Cruz Azul dentro do Pacaembu. O único gol da partida saiu aos 35 do primeiro tempo, quando Alex cobrou falta e Danilo desviou de cabeça. Na segunda etapa, já aos 42 minutos, Villa colocou uma bola na trave de Júlio César. Porém, nada frustrou a festa da torcida corinthiana, que saiu do estádio com a vitória.
Agora no dia 11 de abril, o Corinthians enfrentava o Nacional. Jogando próximo da divisa com o Brasil, milhares de corinthianos invadiram o Paraguai e fizeram o Timão se sentir em casa. Jorge Henrique abriu o placar ainda no primeiro tempo. Na segunda etapa, Sheik e Élton ampliaram. Ainda deu tempo da equipe de Tite tomar um gol. Porém, ao vencer por 3 x 1, o Corinthians garantiu a classificação para a próxima fase da competição.
Bem mais tranquilo e classificado, o Corinthians recebeu o Táchira no Pacaembu, em 18 de abril. O resultado lavou a alma dos quase 30 mil presentes no estádio: 6 x 0. Danilo, Paulinho, Jorge Henrique, Sheik, Liedson e Douglas anotaram um tento cada e se despediram da primeira fase da Libertadores com roupa de gala.
Já na primeira semana de maio, mais precisamente no dia 3, o Corinthians viajou até o Equador para enfrentar o Emelec. Uma mudança importante ocorreu no time de Tite: Júlio César, que havia falhado no Paulistão, deu lugar ao até então desconhecido Cássio. Em um jogo tenso e com reclamações de arbitragem, o Timão ficou no 0 e trouxe a decisão para São Paulo.
Já na semana seguinte, no dia 9 de maio, foi a vez do Emelec conhecer um Pacaembu com quase 35 mil pagantes. Logo aos sete minutos de jogo, Fábio Santos colocou o Corinthians em vantagem. Já no final do primeiro tempo, Paulinho fez o segundo. No fim do jogo, Alex marcou o terceiro. O placar elástico de 3 x 0 não traduziu muito da partida, já que um Timão nervoso cometeu uma série de erros perigosos, porém, foi o suficiente para se classificar.
Muitos corinthianos consideram os confrontos contra o Vasco como os mais difíceis da campanha da Libertadores de 2012. No dia 16 de maio, o Corinthians foi até São Januário para jogar a primeira partida. Em um jogo truncado, as duas equipes travaram uma verdadeira batalha, permeada por muita água e lama. Os vascaínos reclamaram bastante de um gol anulado de Alecsandro. Porém, não teve jeito e o placar ficou no zero.
Já na semana seguinte, no dia 23, sem muito tempo para pensar, Corinthians e Vaco se reencontraram no Pacaembu. O jogo novamente foi bastante truncado, sem grandes chances para as duas equipes e muita ‘briga’ no meio campo. Porém, aos 18 do segundo tempo, os quase 38 mil corinthianos no estádio se calaram abruptamente. Após jogada errada de Alessandro, Diego Souza percorreu um campo inteiro sozinho. Cássio saiu em cima do jogador e deu o toque salvador do milagre, colocando a bola para fora.
Aos 42 minutos do segundo tempo, quando o cenário já parecia caminhar para a disputa de pênaltis, Alex cruza na área. Paulinho sobe mais alto do que todo mundo e testa firme no cantinho de Prass. Explosão geral da torcida do Pacambu. Tite, expulso, acompanha a festa das arquibancadas do estádio. Mais uma vez, o Corinthians se classificava de forma épica e emocionante.
Após o sufoco contra o Vasco, mais um adversário brasileiro, e ainda rival do estado: o Santos. No dia 13 de junho, o Corinthians foi à Vila Belmiro enfrentar Neymar e cia. Porém, era noite do Sheik. Aos 27 minutos do primeiro tempo, o atacante recebe sozinho na quina do lado esquerdo da área santista. Domina com calma e faz a bola parar. Logo em seguida, um chute magistral direto no ângulo de Rafael, que só pulou para sair na foto. Assim, o Timão levou o 1 x 0 para São Paulo.
Na semana seguinte, já no dia 20 de junho, novamente, quase 38 mil pagantes foram ao Pacaembu. Se vencesse, o Corinthians se qualificava para a primeira Libertadores em sua história. E a partida trouxe o que mais diferenciava a equipe de Tite: calma e segurança. Aos 35 do primeiro tempo, Neymar colocou o time do litoral na frente. Porém, já aos 2 do segundo, Alex cobrou falta e, enquanto Sheik parou a bola na partida anterior, Danilo parou o tempo. Com muita tranquilidade, botou a bola no contrapé de Rafael.
No restante da partida, o Corinthians neutralizou completamente a equipe do Santos, que não criou mais chances e não ameaçou o placar favorável para o Timão. Assim, com o empate por 1 x 1, além de tomar o primeiro gol no mata-mata, o time de Tite se classificava para uma final inédita da Copa Libertadores da América.
Quiseram os deuses do destino que a campanha da Libertadores de 2012 fosse completa. Além do confronto nacional contra o Vasco, enfrentou o Santos de Neymar. Na final, o poderoso Boca. Assim, no dia 27 de junho o Timão pisou em La Bombonera para um dos jogos mais importantes da sua história.
Após segurar as investidas do clube argentino, aos 28 minutos do segundo tempo, não teve mais jeito. Mesmo com Chicão tocando a mão na bola, o juiz aguardou o restante da jogada para marcar pênalti, o que não aconteceu, já que Roncaglia pegou o rebote e anotou o gol para o Boca. Já no final do jogo, o jovem Romarinho, que havia anotado gols contra o Palmeiras e há menos de um mês estava no Bragantino, entrou no jogo. Aos 40 do segundo tempo, recebe o passe de Sheik e toca na saída do goleiro. O Corinthians, então, deixava La Bombonera com o empate por 1 x 1.
No dia 4 de julho, mais de 40 mil alvinegros superlotaram o Pacaembu. O primeiro tempo foi um tanto quanto nervoso. O Corinthians sentiu a disputa da final inédita e não criou chances claras de gols. Porém, já aos 8 da segunda etapa, Alex cobra falta na área, Danilo desvia de calcanhar. A bola sobra para Sheik que ajeita e bate forte contra o gol argentino.
A partir do gol, foi a vez do Boca sentir o nervosismo da partida. Aos 27 minutos, a zaga erra um passe na intermediária. Sheik fica com a bola e corre certeiro para marcar na saída do goleiro. Com o placar favorável, o Timão segurou o jogo para garantir o primeiro título. Ainda deu tempo para as discussões entre Sheik e o zagueiro argentino. O atacante, em uma noite mágica, saiu ovacionado do Pacaembu.
A campanha do Corinthians na Libertadores 2012 realmente foi impecável. Para matar um pouco da saudade, nós preparamos um vídeo com os principais momentos da conquista. 14 jogos em apenas 45 minutos de muita emoção.
Por: Gabriel Gonçalves / Redação Central do Timão
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