Um dos principais destaques do Água Santa na campanha semifinalista do Paulistão, Thiaguinho teve seu contrato com o Corinthians encerrado em 31 de dezembro de 2022, mais de quatro anos e meio após ser contratado. O volante chegou ao Timão em abril de 2018 após deixar o Nacional-SP, com apenas 21 anos. Para o jogador, a transferência de um clube modesto para um gigante foi algo “surreal” na carreira.
“Foi algo surreal, saí do Nacional para o Corinthians. Acho muito parecido o que estou vivendo hoje no Água Santa, com proporções diferentes. Água Santa está acima do Nacional e do Juventus, estamos na elite. É muito difícil ir do Nacional para o Corinthians e é muito difícil estar na semifinal do Paulistão“, iniciou Thiaguinho, em entrevista ao jornalista Samir Carvalho.
Thiaguinho, no entanto, fez somente 14 jogos com a camisa alvinegra no final de 2018 e no início de 2019, antes de acumular empréstimos. Passou por Botafogo-SP, Santo André, Botafogo-RJ, CRB, Inter de Limeira e Oeste e nunca mais entrou em campo pelo Corinthians até o término de seu contrato.
O volante não sabe exatamente o motivo que o fez nunca mais ser utilizado pelo Corinthians, mas acredita que a forte cobrança e a alta concorrência no setor foram determinantes para sua saída.
“Eu acho difícil a gente falar o que realmente aconteceu (para a saída). O Corinthians é um clube imenso, de proporção mundial. É muito jogador, muita cobrança, teve a invasão agora… Tem que estar ganhando títulos, estar em evidência, jogando bem… É difícil achar um ponto que você saiu ou não”, complementou.
“(Cheguei em) 2018. Acho que aproveitei o máximo, tive oportunidade de estar lá, senti cada momento. Eu treinei como se fosse jogo, joguei como se fosse guerra. Isso você pode perguntar para quem for, não tinha meio termo comigo. É time grande. Em 2018 eu tive oportunidade, fiz, tentei, o time não estava legal, estava brigando para não cair.”
“Em 2019, chegaram muitos reforços. Richard, que vinha bem no Fluminense, Ramiro nem se fala, um cara fenomenal, ganhou tudo no Grêmio. Tinha Ralf, Gabriel… Eu tinha que entender o momento de colocar os pés no chão e ver quem estava na minha frente, e ao mesmo tempo não se intimidar”, disse Thiaguinho.
“Eu não me escalo, infelizmente. Quando tive a oportunidade, eu fiz, e quando não tive, também. Fui para outros clubes, joguei… Não tem muito o que falar do Corinthians, quando foi, foi legal, não deu certo mais. O que fica é a história.”
Mesmo assim, Thiaguinho acredita que tem condições técnicas de retornar ao Corinthians no futuro. Antes, porém, o volante vai em busca da primeira final de Paulistão da história do Água Santa: nesta segunda-feira, às 21h, o Netuno, que eliminou o São Paulo nas quartas, encara o Red Bull Bragantino em jogo único, de olho na decisão estadual.
“Claro (que penso em voltar). Quem não pensa? Eu, por muito tempo, fiquei pensando nisso. ‘Por que não fiquei?’, em vez de falar ‘eu vou voltar’. Ficava remoendo o passado, sendo que eu sei que tenho condições de voltar. Deus é Deus do impossível, posso voltar. E se não voltar, sou muito grato, gratidão não cabe no meu peito pelo Corinthians”, concluiu Thiaguinho.
Veja mais:
Corinthians e Ferroviária fazem 30º clássico no futebol feminino na história; veja retrospecto
Corinthians volta a ter atacante na Seleção Brasileira após dez anos
Matheus Araújo destaca importância de ‘mental forte’ para a sequência da temporada do Corinthians
2019 @ Central do Timão - Todos os direitos reservados