Tarciane relata preconceito na infância por querer ser jogadora: “Falavam muita besteira”

  • Por Eduardo Costa / Redação da Central do Timão

Nesta quinta-feira (01), o Corinthians divulgou o episódio de número 15 da série “As Brabas”. A convidada da vez foi Tarciane, que contou um pouco da sua vida fora das quatro linhas.

O vídeo possui pouco menos de sete minutos e pode ser assistido na Corinthians TV e no Universo SCCP.

Tarciane autuando pelo Corinthians Feminino no Brasileirão | Foto: Rodrigo Gazzanel/Agência Corinthians

“Eu era muito atentada, nunca gostei de boneca, sempre fazia o que os meninos faziam. Jogar bola, empinar pipa, bolinha de gude. Essa foi minha infância, essa foi a Tarciane. Eu era muito chatinha, era difícil as pessoas gostarem de mim. Tive traumas”, diz a jovem zagueira.

Tarciane explica o motivo pelo início de sua paixão pelo futebol. “Eu tenho um irmão mais velho, eu comecei a jogar bola por causa dele. Porque ele viajava e eu queria viajar também. No começo, meus pais não me apoiaram muito, meu irmão também. Ficar na beira do campo com os meninos, que acabavam falando muita besteira, ele não gostava.”

“Eles sabiam que era o que eu queria, então começaram a me apoiar”, completa

A jovem de 18 anos fala sobre o sentimento atual de sua família. “Quando eu comecei, senti aquele medo, o preconceito. Agora eles sempre tão me apoiando, seja na arquibancada ou na televisão”

Aos 15 anos, a zagueira foi para o Fluminense e jogava futsal na escola, por causa da bolsa de estudas.

Tarciane começou no campo como atacante e foi recuando, sua primeira convocação para as categorias de base na Seleção foi como volante.

“Eu gosto do ataque, quando me colocam lá, eu dou uma brincada lá na frente. Elas ficam me gorando. Elas têm medo de que eu fique fazendo gol e botem elas no banco”, brinca a jogadora.

Tarciane fala sobre como as atletas mais experientes a ajudam. “Todas elas sempre ajudaram, a Tamires eu chamo de mãe. Eu sabia que iam vir pra cá para evoluir. É pro meu aprendizado, pro meu crescimento. Todos os dias elas me ensinam, isso é muito bom para a minha carreira.”

“Os esporros que elas me dão são para o meu crescimento. A Diany e a Campiolo são as que eu mais troco ideia, a Grazi gosta de resenha. Quando é pra brincar é pra brincar, mas quando é pra cobrar, elas cobram de verdade. A Letícia é outra, muito chata”, encerra.

Veja mais:

Lateral ou ala? Confira como foi a temporada de Matheus Bidu, provável novo reforço do Corinthians

Mosquito passa por cirurgia após lesão no joelho e deve desfalcar o Corinthians no primeiro semestre de 2023

Corinthians define lista de inscritos para a Copa São Paulo de 2023 com nomes do sub-17; veja a relação

Notícias do Corinthians

Rolar para cima