• Por Kennedy Cardoso / Redação da Central do Timão

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) entrou na Justiça contra a empresa Sport Promotion, responsável pela exploração de placas de publicidade das Séries A e B do Brasileirão. A entidade pediu o rompimento do vínculo com a agência, além de cobrar o pagamento de R$ 34.771.844,64 referentes aos contratos das duas principais divisões do país. As informações foram inicialmente divulgadas pelo site “Máquina do Esporte”.

No documento enviado ao Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem (CBMA), a CBF alega que a Sport Promotion não cumpriu com suas obrigações contratuais. Portanto, a entidade que comanda o futebol brasileiro pediu a revogação da liminar que a empresa conseguiu na Justiça, que obrigava 11 clubes a manterem contrato com a agência.

De acordo com a CBF, a Sport Promotion escondeu da Justiça a inadimplência com a entidade nos últimos dois anos. Além disso, há a alegação de que a confederação que repassou os valores aos clubes, que deveriam ter sido pagos pela empresa.

“Analisando o teor da petição inicial (da Justiça em favor da Sport Promotion) e a fundamentação da decisão da D. Magistrada, percebe-se que acabou induzida em erro por conta de omissão de fatos e das alegações manipuladas da Sport Promotion, dolosa e artificiosamente, para fazer crer que estaria em dia com o cumprimento de suas obrigações e que passou por dificuldades financeiras por conta da pandemia”, argumenta a CBF.

“Tal conduta da Sport Promotion, recheando a inicial alegações inverídicas e omitindo fatos e documentos, para além da evidente litigância de má-fé, configura evidente ato atentatório à dignidade da Justiça, sem falar de configurar ilícitos penais previstos na legislação pátria, o que gerou, inclusive, a notificação da empresa pela CBF. Frise-se, a Sport Promotion tem total conhecimento dos seus inúmeros inadimplementos contratuais, especialmente do débito vultoso com a CBF – R$ 34.771.844,64”, disse.

Em tempo: no início deste mês, a Sport Promotion recebeu um aviso de que alguns clubes iriam rescindir o contrato com ela e assinariam com a Brax, que ofereceu um vínculo duas vezes maior para as placas de publicidade do Brasileirão. O Corinthians, por sua vez, não mudou de empresa, tendo em vista que recebe R$ 12 milhões.

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