Por Tatiana Carvalho / Redação da Central do Timão
Há quase 10 anos, um dos maiores ídolos do Corinthians, Sócrates falecia devido a uma hemorragia digestiva. Pensando nessa data, o Timão, junto com a Nike, irá lançar uma camisa homenageando o ex-jogador. A informação é da ‘Gazeta Esportiva’.
A camisa contará com uma alteração no símbolo do clube. No lugar da bandeira do estado de São Paulo, que fica no centro, haverá uma figura de Sócrates fazendo a sua comemoração mais conhecida, com o braço estendido e o punho cerrado.
Ainda não existe uma data específica para a divulgação do produto, visto que precisam ser ajustados alguns detalhes como o preço, que deve ficar entre R$ 199 e R$ 219. No entanto, ela deve ser lançada em dezembro, porque o ex-camisa 8 faleceu em 4 de dezembro de 2011.
Como o Corinthians já possui três camisas de jogo, essa em homenagem ao ídolo não deve ser utilizada pelos jogadores. Na temporada passada, vale lembrar, o clube lançou a camisa que faz referência ao padrão das calçadas paulistanas nesta mesma data, visando vendas no período natalino.
Pelo Timão, Sócrates tem 298 jogos, 172 gols e três campeonatos paulistas. Além disso, ele foi um dos líderes da Democracia Alvinegra, na década de 80. Por todo seu retrospecto no clube, o ídolo corinthiano possui um busto de bronze no Parque São Jorge.
Por Gabriel Gonçalves / Redação da Central do Timão
Sócrates foi um dos jogadores mais célebres a passarem pelo Corinthians. Contratado em 1978, vestiu a camisa Alvinegra por 298 jogos. Meia clássico, marcou 172 gols, diversos deles, em partidas decisivas. O último aconteceu há exatos 37 anos, em um 10 de junho.
Na ocasião, em 1984, o Corinthians enfrentou o Santos, da Jamaica, em um amistoso. Sócrates marcou o gol aos dez minutos do primeiro tempo. O time jamaicano viraria a partida e sairia com a vitória. Porém, o confronto ficou marcado mesmo pela última atuação e pelo último gol do Doutor com a camisa do Timão.
Doutor pois, antes de chegar ao Corinthians, o meia formou-se em Medicina, na cidade de Ribeirão Preto. Além de atleta, Sócrates também se interessava por política. Foi um dos líderes da Democracia Corintiana, movimento que, em plena Ditadura Militar, criou uma estrutura no time em que jogadores e outros profissionais tomavam juntos as principais decisões da equipe.
Após sair do Corinthians, Sócrates jogou pela Fiorentina, da Itália. Já em 1985, voltaria ao Brasil, jogando por Flamengo, Santos e Botafogo-SP, onde encerrou a carreira. Em 2011, no dia 4 de dezembro, Sócrates faleceu, vítima de falência múltipla dos órgãos. Na mesma tarde, o Corinthians sagrava-se pentacampeão brasileiro, em partida contra o Palmeiras.
Um grande amigo, um grande parceiro de ataque, um grande companheiro de luta pela redemocratização do país, da luta contra Ditadura e dos Palanques pelas Diretas Já!
Essa foto, é de uma reportagem da Revista Placar, dizendo que nós jogávamos por música, tudo entre a gente foi por música, uma amizade de verdade, um cara muito importante na minha vida e que eu era apaixonado. Magrão faz muita falta para mim e todos os dias eu lembro de alguns momentos em que estivemos juntos, porque foi tudo tão intenso, nossa vida foi intensa. Bom, parabéns meu velho!”, escreveu.
Os ídolos do Corinthians, Sócrates e Casagrande atuaram juntos no Alvinegro e protagonizaram a Democracia Corintiana ao lado de Wladimir, Biro-Biro e Zenon. O movimento citado buscava participações dos demais atletas em decisões administrativas do Clube, algo ousado em pleno período de regime militar. O movimento permaneceu no Timão até 1985, quando foi derrotado nas eleições daquele ano.
Há 67 anos, no dia 19 de fevereiro de 1954, em Belém-PA, nascia Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira, um dos maiores ídolos de toda a história do Corinthians.
Líder dentro e fora de campo, sua inteligência era notada no trato com a bola, passes precisos, visão de jogo como poucos, um calcanhar incomparável. Assim o meia conduzia o Timão às vitórias e conquistas. No Corinthians foram três os Paulistas de 1979, 1982 e 1983.
Na Seleção Brasileira, Magrão estreou em 1979 e disputou duas Copas do Mundo. Em 1982, foi o capitão do time comandado por Telê Santana, que apesar de não ter vencido o torneio mundial, é por muitos considerada a melhor de todos os tempos. Jogou também a Copa de 1986, também sob o comando de Telê. No Corinthians, o Dr. disputou 278 jogos e marcou 172 gols entre 1978 e 1984, jogou ainda na Fiorentina da Itália, Flamengo e Santos antes de encerrar sua carreira como jogador em 1989.
Se em campo era líder, fora dele teve uma trajetória incomum para atletas de futebol. A começar pela formação superior. Sócrates permaneceu no Botafogo de Ribeirão Preto durante todo o período em que cursava Medicina. Pela equipe do interior de São Paulo, o profissional marcou 101 gols em 269 partidas.
Aos 24 anos, após sua formatura, transferiu-se para o Corinthians, onde além de jogar, idealizou e liderou o movimento conhecido como Democracia Corinthiana, que buscava participações dos demais atletas em decisões administrativas do Clube, algo ousado e incomum em pleno período de regime militar. Foi também nome importante na luta pelas “Diretas já”, movimento popular pelo fim do regime militar e do direito ao voto.
Sócrates fez muito mais que apenas ser um jogador craque, genial de futebol, ele lutou por suas ideologias, defendeu seus princípios até o final. Infelizmente durante toda essa trajetória brilhante, teve que lidar com o problema do alcoolismo, que acabou abreviando sua carreira como atleta, que se encerrou aos 35 anos.
Sócrates faleceu na manhã de 4 de dezembro de 2011, mesmo dia em que a Fiel vivia a expectativa da 38ª rodada do Campeonato Brasileiro, quando o Corinthians sagrou-se pentacampeão Brasileiro, contra o Palmeiras. Naquela partida, houve um minuto de silêncio em homenagem ao Doutor. Além do mais, jogadores e 40 mil torcedores prestaram homenagem reproduzindo a famosa comemoração com o braço levantado e o punho cerrado.
Dr. Sócrates deixou seis filhos, uma legião de fãs pelo Brasil e pelo mundo e sua marca na história do futebol brasileiro e mundial. Pela FIFA, foi considerado um dos maiores jogadores de todos os tempos. Foi também treinador, comentarista, além de exercer a medicina.