• Por Kennedy Cardoso / Redação da Central do Timão

Paulinho entrou no segundo tempo e disputou apenas 20 minutos contra o Remo, na classificação do Corinthians nos pênaltis às oitavas de final da Copa do Brasil, na noite da última quarta-feira, 26, na Neo Química Arena. O pouco tempo em campo, no entanto, foi suficiente para o meio-campista atingir mais uma marca bastante expressiva com a camisa alvinegra.

Um dos maiores ídolos da história recente do Corinthians, Paulinho chegou a 200 jogos com o manto alvinegro diante do Remo. O volante de 34 anos foi acionado no banco de reservas pelo agora ex-técnico do clube, Cuca, aos 32 minutos do segundo tempo, entrando no lugar de Adson quando o jogo ainda estava 1 x 0 para o Timão – o placar dava a classificação ao Remo.

Dentro de campo, Paulinho entrou praticamente como atacante e ajudou o Corinthians a produzir algumas boas chances na “base do abafa”. Ele, inclusive, quase marcou nos minutos finais, mas a zaga do Remo bloqueou. Já nos acréscimos, viu Fagner dar bonita assistência para Róger Guedes cabecear e levar a decisão para os pênaltis. O volante não esteve entre os cinco cobradores alvinegros.

Na zona mista da Neo Química Arena após o jogo, Paulinho valorizou a marca de 200 jogos com a camisa de “um dos maiores clubes do mundo”. O volante também disse que quer seguir acumulando feitos expressivos pelo Corinthians.

“Feliz pelos 200 jogos. Acho que alcançar uma marca dessa, histórica, em um dos maiores clubes do mundo, como é o Corinthians… Só tenho que falar uma coisa: sou privilegiado, como sempre disse vestindo essa camisa. Agora é lutar para atingir mais marcas positivas, para que essa história continue”, declarou Paulinho – assista à entrevista abaixo.

Já na manhã desta quinta-feira, 27, o Corinthians destacou a marca do ídolo em publicação nas redes sociais. “200 jogos do Paulinho com o manto alvinegro!“, escreveu o clube, junto de um vídeo que mostra alguns momentos marcantes do volante com a camisa corinthiana – veja:

Paulinho vive sua segunda passagem pelo Corinthians. O jogador chegou ao Timão pela primeira vez em 2010, com apenas 21 anos, após se destacar pelo Bragantino na Série B de 2009. Ele rapidamente caiu nas graças da torcida alvinegra e foi eleito o melhor volante do Brasileirão de 2011.

O meio-campista, então, se firmou como titular e foi peça importante no título do Brasileirão de 2011, da Libertadores de 2012, do Mundial de 2012 e do Paulistão de 2013. Deixou o clube na metade de 2013 ao se transferir para o Tottenham, da Inglaterra, onde acabou não vingando. Passou ainda por Guangzhou FC, da China, Barcelona, da Espanha, e Al Ahli, da Arábia Saudita, antes de retornar ao Corinthians em dezembro de 2021.

Além da carreira em clubes, Paulinho acumula diversas convocações para a Seleção Brasileira e disputou as Copas do Mundo de 2014, no Brasil, e 2018, na Rússia, com a camisa canarinho. Também conquistou a Copa das Confederações de 2013.

Dos 200 jogos pelo Corinthians, Paulinho foi titular em 160 e saiu do banco de reservas em outros 40. Foram, ao todo, 102 vitórias, 55 empates e 43 derrotas, além de 40 gols marcados. Ele ocupa a 99ª posição entre os jogadores que mais atuaram com a camisa alvinegra, sendo também o 61º maior artilheiro da história do clube.

Assista à entrevista de Paulinho:

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• Por Kennedy Cardoso / Redação da Central do Timão

Titular em conquistas históricas do Corinthians, Paulinho é um dos maiores nomes do clube no século. O volante foi titular em títulos como Brasileiro, Libertadores e Mundial e acumula 38 gols em 187 jogos com a camisa alvinegra. Na última segunda-feira, o ídolo alvinegro relembrou bastidores da taça no Japão, onde o Timão começou batendo o Al Ahly, do Egito, por 1 x 0, na semifinal.

“É (O Corinthians é o último sul-americano a ganhar o Mundial)… Gol do Guerrero, 1 x 0. Quando você vai para o Mundial, o primeiro jogo é ‘ou você ganha ou ganha’, não tem outro resultado. (Pegamos) o Al Ahly, 1 x 0. Agora, a tão sonhada final”, iniciou Paulinho, em entrevista ao canal do jornalista Duda Garbi, no YouTube.

Paulinho disse que, em discurso antes da final contra o Chelsea, Tite afirmou que o Corinthians tinha as mesma chances de ser campeão em relação aos Blues. O volante revelou que o elenco alvinegro ficou mais confiante na decisão após encerrar o primeiro tempo com o placar de 0 x 0, apesar de ter sofrido pressão do time inglês, que parou em diversas defesas do goleiro Cássio.

“É aquilo que nós falamos. Professor Tite falou: ‘é 50/50 (chance para cada). Vão jogar o que jogaram ao longo desses anos’. Quando começa o jogo, vem o Gigante (Cássio) de novo. Pega bola em cima da linha, estava impossível. Acabou o primeiro tempo 0 x 0, a gente chega no vestiário e fala ‘dá para a gente ganhar isso aí. Vamos ganhar’“, disse.

Logo depois, Paulinho lembrou que o Corinthians estava confiante que não tomaria gol após Paolo Guerrero abrir o placar de cabeça, na metade do segundo tempo. O volante, que participou da criação do lance que terminou com o gol do peruano, também relembrou detalhes da jogada.

“E aí começa… No primeiro tempo, o Chelsea teve mais oportunidades, mas, no segundo tempo, a gente começa a gostar mais do jogo. Quando fez 1 x 0, eu falei ‘a gente não toma gol aqui nunca mais’. Cássio pega outra bola do Torres cara a cara… Quando a gente faz o gol, eu falo ‘a gente não perde’.”

“É loucura. A bola vai para o Alessandro na lateral, ele dá no Chicão, que vem conduzindo. Eu saio para receber, tabelo com o Jorge Henrique. Ele devolve e eu vou entrando dentro da área com a bola, só que a bola vai fugindo. E quando a bola vai saindo, eu vou chamando o Danilo, e o Danilo lá, com aquela tranquilidade, aquela paz toda… Eu já queria que ele já chutasse, ele parou, cortou o cara…“, lembrou Paulinho.

Por fim, Paulinho recordou a demora para o fim do jogo após o gol de Guerrero. Nos minutos finais, vale lembrar, o centroavante Fernando Torres, do Chelsea, ainda chegou a balançar as redes de Cássio, mas estava impedido.

“Quando o Guerrero vai cabecear, se pegar a imagem, eu estou cabeceando junto com ele. E quando sai o gol, aí você não pensa em nada. ‘Vamos lá, e não vamos tomar gol nem f*dendo’. Só que aí, quando faz o gol… Parecia que faltava uma semana (para acabar o jogo), não lembro com quantos minutos a gente fez o gol, sei que faltava uns três meses para acabar o jogo (risos). E o Cássio pegando. ‘Não vai acabar não?’.”

“Fernando Torres ainda fez gol, estava impedido. Sei que não acabava, uns três meses lá jogando e nada. Aí acaba, aquela festa toda no campo”, concluiu o ídolo corinthiano.

Paulinho deixou o Corinthians no ano seguinte após o Mundial, e retornou em dezembro de 2021 depois de defender Tottenham-ING, Guangzhou Evergrande-CHN, Barcelona-ESP e Seleção Brasileira. Ele iniciou a atual temporada como titular na maior parte dos jogos, mas lesionou o joelho em maio e só voltará a atuar em 2023.

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