- Por Bruno Cassiano | Central do Timão
Não foi em 2018, não foi em 2020, não foi em 2022… Mas a “maldição do ano par” chegou ao fim em 2024. As maiores campeãs da Libertadores alcançaram novamente a glória, ampliando sua vantagem para todo o resto e renovando mais uma vez o status de maior projeto de futebol feminino da América do Sul, um dos maiores do mundo.
E foi do jeito que a Fiel gosta. Da forma que esse time se acostumou a fazer. Dominando até mesmo quando não faz uma boa partida, sendo o melhor ataque e a melhor defesa. Confirmando o favoritismo e ratificando que são as donas do continente do início ao fim. O Corinthians foi Corinthians!
Um título que passa pela volta apoteótica de Gabi Zanotti, fundamental nessa conquista como em tantas outras. Que passa pela liderança da Érika. Pelos passes da Duda Sampaio. Pelo poder decisivo de Vic Albuquerque. Pela garra de Millene, do minuto 0 ao minuto 90. Pelo incentivo e pelas broncas da Lelê. E pela evolução e afirmação de tantas jogadoras que geravam dúvidas. Todas são uma certeza deste ponto em diante.
Errando ou acertando, este título também carrega méritos (e muitos) de Lucas Piccinato, treinador recém-chegado com a ingrata tarefa de substituir o histórico Arthur Elias. Sob sua liderança, foram três disputas, três finais e agora três títulos, podendo chegar a mais um e se tornar ainda maior no clube com a fase final do Paulista que se aproxima.
Mais uma vez não importou se o jogo era em um tapete ou algum local inadequado. Não importou se a arbitragem era justa ou qualificada. Não importou se as críticas eram pesadas ou se os elogios eram exagerados. Quando trilhou o apito, brilhou a estrela de um time que tem uma sede inesgotável de vencer. Um time apaixonado pela disputa tanto quanto é apaixonado por ser campeão.
Libertadores em ano par já não é mais novidade para nós. Acabou!
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