Solito e Paulão falam sobre a garra corinthiana nos anos 70

A Central do Timão reuniu dois grandes ícones e torcedores do Coringão. Paulão, vocalista da banda Velhas Virgens, e Cláudio Solito, goleiro do clube do Parque São Jorge entre 1975 e 1986, falaram com a CdT.

A entrevista foi comandada por Manoel Silva, o Tio Sam, gravada, dividida em cinco partes, e postada no canal da TV Central do Timão, no YouTube.

À direita, Solito, e à esquerda, Paulão. Foto: Central do Timão.

Na primeira parte da entrevista, o cantor e o ex-goleiro da Democracia Corinthiana fizeram questão de lembrar de Rivellino. Solito revelou que já teve conversa com o ídolo corinthiano, que foi acusado pela perca do título do Paulistão de 1974, para o Palmeiras, e, posteriormente, foi negociado com o Fluminense, dando a entender um boicote no elenco.

“Parece que sim. Uma vez eu conversei com o Rivellino e parece que sim. Os bastidores são complicados, cara.”, disse Solito.

“Pega 70 e olha ele (Rivellino) jogando. Infelizmente, no Corinthians ele não foi tão grande, com títulos, como ele foi na Seleção Brasileira. Eu já vi o (Johan) Cruyff falar dele. Ele é ídolo do Maradona. Todos falaram do Rivellino.”, completou Paulão.

Mais adiante, os convidados passaram a tratar do time de 1977, onde Solito enfatizou a importância da entrega ao jogar no Corinthians.

“Ganhar ou perder é circunstância. Mas o corinthiano quer ver isso (garra). Você tendo isso, com a camisa do Corinthians, a meu amigo… O adversário vai respeitar.”, disse.

Ao citar o time que quebrou o jejum de 22 anos do Timão sem um título paulista, Paulão relembrou a importância daquele Torneio e foi a diante ao citar Zé Maria e outros jogadores como o símbolo da garra corinthiana.

“Nunca que um Campeonato Paulista valeu tanto. Eu acho que ele tem o mesmo valor do Mundial. Para nós torcedores foi um desafogo.”, afirmou Paulão.

“Eu tenho aquela camisa comemorativa do dia que o Zé Maria sangrou. Toda vez que eu olho para aquilo eu lembro dele e fico arrepiado. Aquilo ali deveria passar toda vez que alguém fosse entrar em campo. Olha, pode chutar errado, pode perder pênalti, mas dê o sangue. Nós queremos ver garra”, continuou.

“Pega o time de 77. O melhor jogador era o Palhinha. A maioria era ralador. Wladimir era grande jogador, mas você via o cara se arrebentar. A dupla de zaga, Moisés e Ademir, aquilo, para mim, é a entrada da casa de Don Corleone (risos). Com os dois a frente eu não entro. Quem passa ? Futebol já foi isso.”, finalizou.

Veja a entrevista completa abaixo:

Por Matheus Fernandes

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