De “Reizinho do Parque” a “Patada Atômica”, o craque formado no Corinthians, Completa hoje 74 anos
Roberto Rivellino, sim com dois “Ls”, nasceu em 1º de janeiro de 1946, na cidade de São Paulo.Filho de imigrantes italianos, Roberto mostrou desde cedo seu amor pelo futebol e sua qualidade técnica diferenciada.
Foi lá na Rua Joaquim Guarani, nas capital paulista, que um diretor do Esporte Clube Banespa, que morava por ali, viu o garoto Riva jogar bola e ficou impressionado com sua habilidade. Então o convidou par jogar futebol de salão no clube.
Por influência do Pai Nicola, foi fazer teste nas divisões de base do Palmeiras, que era treinada por Mário Travaglini. Após comparecer por três vezes no clube palestrino, foi dispensado pelo treinador sem ao menos ter trocado de roupa.
Mas o destino quis que no domingo seguinte, o Palmeiras enfrentasse em partida decisiva o time do Esporte Clube Banespa. Rivellino foi o nome do jogo, e Travaglini que assistia tudo da arquibancada, tentou convencer Nicola a levar o filho mais uma vez ao Palmeiras.
Nicola recusou, pois seu menino já estava com tudo adiantado para jogar no Corinthians. No clube do Parque São Jorge, foi logo aprovado no segundo treino pelo técnico José Castelli, que percebeu que aquele menino tratava-se de uma joia rara. Iniciava ali, no ano de 1963, a trajetória vitoriosa de Rivelino, agora com um “L” só.
O Reizinho do Parque, que já na base era uma sensação entre a torcida corinthiana, estreou no profissional em 13 de janeiro de 1965, no Torneio Pentagonal do Recife, contra o Santa Cruz. O Corinthians venceu o time pernambucano por 3×0 e o estreante Rivelino fez o gol que sacramentou a vitória.
Riva defendeu a camisa do Corinthians entre 1965 até 1974. Atuou em 471 partidas e anotou 141 gols, a melhor marca de sua carreira. Foi negociado com o Fluminense em 1974, após o Corinthians perder a final do Campeonato Paulista daquele ano para o Palmeiras.
Sua saída foi marcada por uma enorme mágoa com a diretoria alvinegra, que o teria apontado como maior culpado pela perda do título paulista para o arquirrival. E também pelas frustações de ter ganho apenas um título de expressão, o Torneio Rio-São Paulo de 1965, e não ter conquistado nenhum titulo estadual, que acabaria com o jejum de títulos do Campeonato Paulista, que o Corinthians não vencia de 1954.
Já residente do Rio de Janeiro, a estreia do Curió das Laranjeiras, apelido que ganhou da torcida carioca, aconteceu entre Fluminense e Corinthians, como parte do acordo de negociação do jogador. Então, naquele 8 de fevereiro de 1975, 40 mil pessoas viram o Fluminense aplicar uma goleada de 4×1 sobre o Corinthians, com direito a 3 gols de Rivelino.
Apesar do primeiro reencontro ter sido traumático para os corinthianos, o reencontro mais emblemático entre Rivelino e Corinthians aconteceu em 5 de dezembro de 1976. Mais de 70 mil corinthianos invadiram o Rio de Janeiro para assistir a semifinal do Campeonato Brasileiro daquele ano.
Mesmo com um time melhor e recheado de craques, o Fluminense, que esperava ganhar com facilidade o jogo, teve dificuldades de enfrentar um modesto, porém, raçudo, Corinthians.
Rivelino abriu o placar para o time carioca, mas sua atuação apática durante o tempo regulamentar foi de pouca ajuda para o Fluminense, que não teve forças para reagir após o gol de empate do time paulista. A classificação seria decidida nas penalidades.
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Já nas cobranças de pênaltis, Riva recusou-se a fazer a cobrança e viu seu time ser eliminado por seu clube formador, apoiado pelo mar preto e branco que tomava as arquibancadas do Maracanã.
Em 1978, o jogador foi vendido ao futebol árabe, onde defendeu o Al Hilal até 1981, encerrando sua carreira naquele ano, aos 35 anos de idade.
Riva conquistou o mundo, atuando pela Seleção Brasileira, ainda como jogador do Corinthians. Foi titular e um dos destaques na conquista do tricampeonato na Copa do Mundo de 1970, no México.
Por sua força e precisão nas cobranças de faltas, ganhou dos mexicanos o carinhoso apelido de “Patada Atômica”. Foi jogando pela Seleção Canarinho que Riva inspirou e tornou-se ídolo de um jovem jogador argentino que mais tarde se tornaria um dos maiores do mundo, Diego Maradona.
No Brasil, Riva era mais famoso por seus mágicos elásticos com a perna esquerda, jogada que aprendeu nos tempos de futsal. O elástico mais emblemático aconteceu em um clássico carioca entre Fluminense e Vasco, onde Rivelino dá um drible no volante Alcir e depois passa por dois jogadores antes de marcar o gol.
Em 2014, Riva participou do jogo de inauguração da Arena Corinthians e fez o primeiro gol do estádio, de pênalti, que ele nunca gostou de bater. Em 24 de maio do mesmo ano, foi homenageado pelo Corinthians, com um busto no Parque São Jorge, fazendo justiça depois de 40 anos de sua saída forçada do clube alvinegro.
Em um clube onde a torcida vive de Corinthians e não de títulos, Rivelino entra para história como um dos grandes ídolos, por sua genialidade e raça dentro de campo e sua humildade fora dele.
Feliz aniversário e vida longa ao eterno Reizinho do Parque!
Por Juliana Santos
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Rivelino maior jogador da copa de 1970, com todo respy ao rei Pelé, maior de todos os tempos
Respeito ao rei Pelé, maior de todos..
Riva, tenho vontade de conhecer você e o meu grande ídolo, Rogério Ceni, de esse prazer pra mim…sou São Paulino doente, mas reconheço sua grandeza na nossa história….