Clássico paulista reúne milhares de torcedores e se fortalece a cada novo confronto
Foto: arte by Maurício de Souza
Se existe algo que corinthianos e palmeirenses concordam é quando se fala em derby: o jogo entre os principais rivais paulistas é um dos maiores clássicos do Brasil e do mundo. O próprio apelido do confronto, batizado pelo jornalista Tomás Mazzoni, explica: é uma referência a mais importante corrida de cavalo do mundo, o Derby de Epsom.
Para ambos os clubes, todo encontro é decisivo, emocionante e de muita tensão, tanto para a equipe como para a torcida. Até mesmo fora do campo, na internet, nas ruas, nas provocações sadias e inúmeras maneiras encontradas para dizer que o “Palmeiras não tem mundial”, a rivalidade se fortalece ainda mais com o passar do tempo.
A rixa se entende a mais de 100 anos e revela um extenso histórico de superação e muita raça durante os confrontos. Ambos os clubes já passaram por uma seca de títulos no passado, no entanto, se reergueram (o Corinthians com as próprias forças e o Palmeiras, desde 1993, sempre por meio de ajuda externa de investidores) e hoje representam fortemente o estado de São Paulo por meio de suas conquistas: o Palmeiras é o atual campeão brasileiro e o Timão, por sua vez, o atual tricampeão paulista.
Curiosidades do derby paulista
Rivais se unem em motivação política e realizam o “Jogo Vermelho”
Em 13 de outubro de 1945, foi realizada uma partida que obteve um contexto muito peculiar no cenário futebolístico. A menção a cor vermelha foi ao Comunismo, já que a partida teve toda sua bilheteria destinada ao MUT (Movimento Unificador dos Trabalhadores). Aldo Rebelo, autor do livro “O Jogo Vermelho”, conta que funcionários da Federação Paulista de Futebol e das indústrias têxtil e da construção civil, além de mulheres que atuavam no Partido Comunista, trabalharam para que o jogo ocorresse como um festejo pela queda do regime nazista e pela redemocratização do Brasil, foi o término do Estado Novo de Getúlio Vargas.
Torcida Palmeirense adota mascote após xingamento da torcida Corinthiana.
Na década de 1960, uma fatalidade fez com que a rivalidade entre Palmeiras e Corinthians aumentasse de maneira considerável. Após a equipe Alvinegra perder dois atletas em um acidente de trânsito na cidade de Sorocaba. Com isso, o Timão pediu a inscrição de dois novos atletas, só que uma única equipe se opôs, e foi o Palmeiras. O presidente do Corinthians, na época, chamou os dirigentes do Palmeiras de “porcos”. O insulto do presidente rival acabou se tornando o apelido dado pela torcida do Corinthians e, anos depois, o “porco” virou mascote da equipe alviverde.
Neste domingo (4), os rivais voltam a se enfrentar pela série A do Brasileirão 2019. O jogo será na Arena Corinthians, em Itaquera, às 19h. Prova da expressividade do confronto, é o fato de que o jogo será transmitido pela TV Globo, ao vivo, para 19 estados e Brasília (DF).
Por Redação Central do Timão (colaboração via site Sem Clubismo FC).
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