No dia 11 de março completa um ano que o Corinthians vendeu o meia Pedrinho para o Benfica/POR. Após vários imbróglios, a diretoria Alvinegra segue tentando receber os 18 milhões de euros do negócio (cerca de R$ 117 milhões brutos).
Até aqui, apenas quatro milhões de euros (cerca de R$ 26 milhões) entraram nos cofres do Alvinegro e serviram para pagar algumas pendências financeiras.
Em sua coletiva de posse, na segunda (04), Duílio Monteiro Alves, o novo presidente do Timão, disse esperar que o valor restante entre nos próximos dias.
“Entrou uma parte ano passado, pagamos umas contas como as do Bruno Méndez e a do Cantillo, mas o restante ainda não. A gente vem com a transição, com o Wesley (Melo) assumindo o financeiro, também tentando fazer com que isso aconteça o mais rápido possível, precisamos desse recurso. Mas mesmo sem ele, o Corinthians vem pagando muitos dos seus compromissos. Como eu disse, vamos renegociar outros, alongar prazos, e esperamos que nos próximos dias essa grande parte que falta da venda do Pedrinho entre, que vai nos ajudar muito, disse.
A venda de Pedrinho foi fechada em 11 de março e o combinado foi que o Benfica pagaria a primeira parcela em junho. Por conta da pandemia, os portugueses atrasaram a apresentação de Pedrinho e pediram ao Corinthians para fazer esse pagamento em julho.
Em julho, novamente o Benfica alegou problemas. De acordo com publicado pela Central do Timão, o jornal A Bola, de Portugal, afirmou que o foco do time era na fase final do Campeonato Português, e adiou mais uma vez a apresentação do atleta para agosto. Pedrinho só embarcou para Portugal no começo de agosto.
Ainda em agosto, o Corinthians comunicou em seu site que repactuou valor e prazo de pagamento com o Benfica, visando agilizar o TMS do jogador, para que pudesse receber.
No comunicado, o Alvinegro revelou que fez novos pactos de prazos e valores com o clube português e que perderia €2 milhões (cerca de R$ 13 milhões) no negócio. Cabe destacar que, em março, quando o negócio foi fechado por €20 milhões, o valor total correspondia a R$ 105 milhões. Já na cotação atual, os 18 milhões estão valendo R$ 117 milhões.
Em contrato, os portugueses acordaram o pagamento da primeira parcela diretamente ao Corinthians apenas em agosto de 2021. Porém, com pressa para receber, o Corinthians negociou com bancos europeus para antecipar o valor total.
Veio a burocracia. Para o dinheiro ser liberado, era preciso que o clube português assinasse uma nota promissória, que serviria como garantia à instituição financeira.
Em 23 de setembro, o Benfica estabeleceu junto ao Corinthians um novo prazo para dar a garantia ao banco.
O clube explicou que o Benfica considerava a venda de Yony González atrelada à venda de Pedrinho, o que não era entendido pela diretoria alvinegra. Assim, dadas as circunstâncias geradas pela pandemia e a alta do euro diante da moeda brasileira, o Corinthians achou por bem não entrar com questionamento junto à Fifa e, sim, renegociar prazos e valores.
O Corinthians entende que foi feita a primeira parte do acordo. Embora o fundo responsável pela antecipação seja o mesmo, os bancos que vão liberar todo o dinheiro são diferentes. Segundo a diretoria alvinegra, as documentações já estão sendo alinhadas para que o restante do valor seja liberado.
Desse valor, o Alvinegro tem direito a 70%, cerca de R$ 82 milhões. A diferença pertence ao agente de Pedrinho, Will Dantas, que está cedendo sua parte ao Corinthians e receberá em três parcelas anuais e iguais, a partir de 2021.
2019 @ Central do Timão - Todos os direitos reservados