Com quase cinco meses completos no comando do Corinthians, Sylvinho está vivendo mais um momento de forte pressão em seu cargo. As cobranças haviam diminuído após vitória e bom desempenho contra o Palmeiras, em 25 de setembro, mas retornaram após derrota para o São Paulo, na segunda-feira (18), e más atuações nos últimos três jogos.
Um alerta maior se deu após a Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do Corinthians, publicar uma nota pedindo a demissão do treinador na manhã de terça-feira (19). Em protesto realizado no CT Joaquim Grava há cerca de três meses, os torcedores já haviam questionado o trabalho do técnico, mas na época não exigiram o desligamento.
Entretanto, apesar de grande pressão nos bastidores e de torcedores, Duilio, Roberto de Andrade e Alessandro Nunes, dirigentes do departamento de futebol, seguem dando respaldo ao treinador e bancam sua permanência no comando do time. O presidente, inclusive, declarou recentemente à “ESPN” que Sylvinho irá iniciar a próxima temporada no cargo.
Sendo assim, de acordo com o “Globo Esporte”, a avaliação interna é de que o treinador precisa de tempo para trabalhar e ponderam que o time está em construção com reforços contratados há pouco tempo, como Róger Guedes e Willian, anunciados no fim de agosto. Em outros momentos de pressão, esta foi a mesma postura adotada pelos dirigentes.
Mas quais são os motivos de tantas críticas?
Sylvinho sofre muita contestação não só por determinados resultados ruins, mas boa parte da torcida considera que o time não consegue evoluir e não tem nenhuma variação tática. Também há reclamação nas opções escolhidas pelo treinador em escalações, além do fato dele ter feito as cinco substituições a que tem direito em somente nove partidas.
Apesar de ter identificação com o Corinthians na época de jogador e ter trabalhado com Tite no clube e na Seleção Brasileira, além de ter sido auxiliar de Roberto Mancini, comandante da Seleção Italiana, Sylvinho possui pouca experiência como treinador efetivo e isso é outro ponto que pesa contra seu trabalho. Ele está em sua segunda oportunidade no cargo – na primeira, durou somente 11 jogos no Lyon, da França.
Até aqui, o ex-lateral-esquerdo comandou o Timão em 29 jogos, com 47% de aproveitamento, oriundos de 10 vitórias, 11 empates e oito derrotas.
Por outro lado, o técnico parece ter o apoio de seu elenco. Alguns líderes do grupo, como Cássio, Renato Augusto, Giuliano, Fagner e Fábio Santos, demonstraram confiança no trabalho do treinador em entrevistas nas últimas semanas.
Como Sylvinho lida com a pressão no cargo?
Pessoas próximas ao treinador o descrevem como alguém que não sente a pressão, mesmo estando incomodado com o desempenho nos últimos jogos. Em momentos difíceis, o treinador se apega à sua fé no cristianismo. Ele não recebe críticas diretas, já que não utiliza redes sociais, mas sua filha, por exemplo, expôs xingamentos recebidos por uma torcedora no Instagram.
Sylvinho tem um salário considerado baixo em relação aos outros técnicos da Série A do Brasileirão e possui contrato até dezembro de 2022, sem multa rescisória. Portanto, o que o segura no comando da equipe é a confiança dos dirigentes, não cláusulas contratuais.
O Corinthians enfrenta o Internacional no domingo (24), às 16h (Brasília), no Beira-Rio. O Colorado vem logo atrás do Timão na classificação, e ambos brigam rodada a rodada por uma classificação à Libertadores de 2022. Uma vaga no torneio continental é o principal objetivo do time alvinegro para o restante da temporada.
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O Corinthians é um Clube S/A ou seja só aguardar. E vamos ver o que vai virar. Se a diretoria confia que ele vai trazer resultados bons para o time então é “Só Aguardar”. E veremos se ele vai classificar o clube para a Libertadores 2022.